A cada ano milhares de brasileiros se convertem e ingressam numa igreja evangélica. Mas, também, a cada ano, muitos abandonam suas igrejas, fazendo-as parecer um imenso corredor: muitos entrando pela porta da frente; um bom tanto deles saindo pela porta dos fundos.
Conversando com os “desviados” (é
assim que nós os chamamos), ouvimos diversas explicações. Alguns dos motivos
apresentados até que são relevantes; outros, porém, são meras desculpas. Mas, no
fundo nós sabemos que “… nada pode nos separar do amor de Deus“; em
outras palavras, nada é suficientemente forte para afastar da casa de Deus um
verdadeiro filho de Deus.
Este fenômeno, no entanto, não é novo. Se
considerarmos que a igreja cristã nasceu na manhã da Páscoa, no dia da
ressurreição de Jesus, então, à tarde daquele mesmo dia ela já tinha dois “desviados”.
Leia atentamente o relato bíblico:
“Naquele mesmo dia, dois deles estavam de caminho
para uma aldeia chamada Emaús, distante de Jerusalém sessenta estádios (+ ou – 12 km). E
iam conversando a respeito de todas as coisas sucedidas. Aconteceu que,
enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e ia com eles.
Os seus olhos, porém, estavam como que impedidos de o reconhecer. Então, lhes
perguntou Jesus: Que é isso que vos preocupa e de que ide tratando à medida que
caminhais? E eles pararam entristecidos. Um, porém, chamado Cleopas, respondeu,
dizendo: És o único, porventura, que, tendo estado em Jerusalém, ignora as ocorrências
destes últimos dias? Ele lhes perguntou: Quais? E explicaram: O que aconteceu a
Jesus, o Nazareno, que era varão profeta, poderoso em obras e palavras, diante
de Deus e de todo o povo, e como os principais sacerdotes e as nossas
autoridades o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. Ora, nós
esperávamos que fosse ele quem havia de redimir a Israel; mas, depois de tudo
isto, é já este o terceiro dia desde que tais coisas sucederam. É verdade
também que algumas mulheres, das que conosco estavam, nos surpreenderam, tendo
ido de madrugada ao túmulo; e, não achando o corpo de Jesus, voltaram dizendo
terem tido uma visão de anjos, os quais afirmam que ele vive. De fato, alguns
dos nossos foram ao sepulcro e verificaram a exatidão do que disseram as
mulheres; mas não o viram. Então, lhes disse Jesus: Ó néscios e tardos de
coração para crer tudo o que os profetas disseram! Porventura, não convinha que
o Cristo padecesse e entrasse na sua glória? E, começando por Moisés,
discorrendo por todos os Profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava
em todas as Escrituras. Quando se aproximavam da aldeia para onde iam, fez ele
menção de passar adiante. Mas eles o constrangeram, dizendo: Fica conosco,
porque é tarde, e o dia já declina. E entrou para ficar com eles. E aconteceu
que, quando estavam à mesa, tomando ele o pão, abençoou-o e, tendo-o partido,
lhes deu; então, se lhes abriram os olhos, e o reconheceram; mas ele
desapareceu da presença deles. E disseram um ao outro: Porventura, não nos ardia
o coração, quando ele, pelo caminho, nos falava, quando nos expunha as
Escrituras? E, na mesma hora, levantando-se, voltaram para Jerusalém, onde
acharam reunidos os onze e outros com eles, os quais diziam: O Senhor
ressuscitou e já apareceu a Simão! Então, os dois contaram o que lhes
acontecera no caminho e como fora por eles reconhecido no partir do pão”. Lucas
24.13-35
Aos que abandonaram suas igrejas ou estão pensando
em fazê-lo, quero dizer-lhes as mesmas palavras de Jesus àqueles dois
discípulos a caminho de Emaús: Vocês são LOUCOS E DUROS DE CORAÇÃO! Sei que
estas palavras são pesadas, mas é exatamente isto que significa a frase de
Jesus: “Néscios e tardos de coração para crer…”.
LOUCOS E DUROS DE CORAÇÃO!
Porque Jesus foi tão severo com eles? Porque seus
motivos para abandonar a igreja eram banais e fruto de seus corações
endurecidos.
Inacreditavelmente, estes mesmos motivos podem ser
encontrados nas conversas com os “desviados”.
As palavras de Cleopas e de seu companheiro de
viagem revelam-nos toda a verdade de seus corações. Vamos analisar o texto?
Vemos ver quais motivos levaram estes dois a fazer tal loucura?
1o Motivo: Dar ouvidos à conversa fiada –
vs. 13-14
Para
que alguém se converta e una-se a uma igreja evangélica, muitas pessoas, de
muitas igrejas diferentes, colaboram para isso: Um lhe fala de Jesus pela
primeira vez, outro lhe entrega alguma literatura, alguém ora por ele e com
ele, outro o socorre numa hora de aflição, alguém o convida, outro o traz ao
templo, e assim por diante.
No entanto, quando alguém chega a se
afastar do Caminho, geralmente é pelas mãos de uma única pessoa. Muitas vezes
pelas mãos de alguém que ele conheceu na própria igreja e que se fez seu amigo.
Alguém que conversa muito ele, mas, ao invés de o encorajar, como recomendam as
Escrituras, leva-o a se desviar.
Repare no texto bíblico:
“Naquele mesmo dia, dois deles estavam de caminho
para uma aldeia chamada Emaús, distante de Jerusalém sessenta estádios. E iam
conversando a respeito de todas as coisas sucedidas”.
O que havia em Emaús? Nada! Emaús era uma
aldeia tão pequena e inexpressiva, em termos históricos, que só sabemos que ela
existiu por causa deste relato bíblico; mas, mesmo que Emaús fosse uma grande
cidade, o quê poderia haver lá que fosse mais importante que a notícia da
ressurreição? Nada! Absolutamente, nada!
A verdade é que, enquanto a
igreja estava reunida lá em Jerusalém, tentando assimilar os últimos
acontecimentos e esclarecer o sumiço do corpo de Jesus, estes dois discípulos
estavam voltando para sua antiga vidinha, lá em Emaús. Abandonaram a igreja.
Porque? Por vários motivos e um
deles foi por causa de conversa fiada, pois, como o texto bíblico relata,
eles “… iam conversando” pelo caminho.
O texto bíblico não diz quem desviou
quem, mas, como a repreensão de Jesus foi muito severa e somente o nome de um
deles é citado, não corremos muito risco em afirmar que Cleopas era o
conversador e, o outro, aquele que lhe deu ouvidos.
Ter amigos na igreja é muito saudável
e recomendável, mas, cuide-se, há muitos “Cleopas” em nosso meio; pessoas mal
resolvidas em sua fé em Nosso Senhor Jesus, pessoas que querem sair da igreja,
mas, como seus motivos são meras desculpas, precisam de alguém que lhe dê
ouvidos, alguém que concorde com ele e, de preferência, que saia da igreja
junto com ele, para que ele se senta menos mal e culpado.
2o Motivo: Cegueira espiritual –
vs. 15-16
O texto fala de uma espécie de
“cegueira espiritual”. Repare.
“Aconteceu que, enquanto conversavam e discutiam, o
próprio Jesus se aproximou e ia com eles. Os seus olhos, porém, estavam como
que impedidos de o reconhecer”.
Eles estavam tão compenetrados
em si mesmos, tão envolvidos em suas próprias desculpas e justificativas, tão
convictos em sua discussão, que nem puderam notar que era o Cristo ressurreto
que caminhava com eles.
Imaginem o ridículo da situação.
Iremos ver, logo adiante, que eles não aceitaram a notícia da ressurreição.
Provavelmente estavam dizendo: Esta coisa de ressurreição é coisa de
louco! É histerismo coletivo! E, ali ao seu lado, estava aquele de
quem eles estavam falando.
Observe outra coisa muito
interessante: eles (que estavam cegos) julgaram-se mais informados que o próprio
Cristo: “És o único, porventura, que, tendo
estado em Jerusalém, ignora as ocorrências destes últimos dias?”.
As pessoas que abandonam o Caminho
encontram-se em condições espirituais semelhantes, isto é, cegos. Estão tão
preocupadas consigo mesmos que, literalmente, se tornam incapazes de perceber a
realidade. Pior que isso, além de estarem cegas, acreditam que são as
únicas que enxergam. Enchem o peito de razão, mas, fazem papel de ridículos ao
discutirem temas sobre os quais não tem o menor conhecimento e ao classificarem
como fanáticos ou histéricos os que ficaram firmes em suas igrejas.
3o Motivo: Tristeza – vs. 17
“Então, lhes perguntou Jesus: Que é isso que vos
preocupa e de que ide tratando à medida que caminhais? E eles pararam entristecidos”.
Porque eles estavam tristes? Pela
morte de Jesus, é claro!
Mas, também, pela injustiça
praticada pelas autoridades (Como puderam colocar Jesus e Barrabás lado a
lado?).
Pela ingratidão do povo de
Israel (Como puderam escolher Barrabás?).
E, pelos problemas do grupo de
Jesus (Como é que Pedro, que era tão valente, não morreu de vergonha por
negar o Mestre três vezes? E quanto aos demais, não se acovardaram também,
deixando o Cristo padecer sozinho? E as mulheres, então, que na hora da
crucificação até que foram valentes, mas, agora, vêm com esta história de que
viram e conversaram com anjos, parecendo loucas, alucinadas?).
Estavam tristes por muitos
motivos. Por isso não puderam suportar a pressão. A Bíblia diz que “… a alegria do Senhor é a nossa força”. Crente triste é crente fraco! E, quando estamos
fracos, temos a tendência de nos isolarmos, de fugir, de virar a mesa, de
abandonar a carreira da fé.
Cuide-se, meu irmão. Não se
entristeça! Nem com as autoridades, nem com a ingratidão do povo e, muito menos
ainda, com sua igreja, pois todas as igrejas do mundo são iguais: são formadas
por seres humanos fracos e frágeis; valentes numa hora, covardes noutra;
maravilhosos num instante, desprezíveis noutro; inspiradores em certas
atitudes, desastrosos em outras.
É verdade que nenhuma igreja pode
viver em pecado alegando que “… toda igreja tem problemas, que nenhuma
é perfeita” e não fazer nada para mudar esta situação. Se uma igreja
admite isso (e a maioria admite) é porque está reconhecendo que tem problemas.
Logo, tem a obrigação de dar uma parada e fazer um conserto com Deus, senão,
certamente é falsa e hipócrita.
Por outro lado, no entanto, nenhum
crente tem o direito de ficar triste por causa dos problemas de sua igreja, a
ponto de abandoná-la. Deve, sim, orar, jejuar e promover a santidade do seu
grupo, com paciência e amor. Muito amor! Se, depois de agir assim, sua igreja
insistir em permanecer no pecado, então chegou a hora de pedir a Deus licença
para sair em busca de um outro lugar para adorar. Porém, jamais ficar sem
igreja.
4o Motivo: Saudosismo – vs. 19
“És o único, porventura, que, tendo estado em
Jerusalém, ignora as ocorrências destes últimos dias? Ele lhes perguntou:
Quais? E explicaram: O que aconteceu a Jesus, o Nazareno, que era varão
profeta, poderoso em obras e palavras”.
Jesus falou diversas vezes que
iria voltar para o Pai e que seus discípulos iriam fazer obras maiores do que
as que ele fez, mas, mesmo assim estes dois abandonaram a Igreja, pois
aquele “… que era varão profeta, poderoso em obras e
palavras…” havia morrido. Jesus já era. Estava morto. Suas obras
pertenciam ao passado.
O dicionário define saudosismo
como culto ao passado. Este é um dos principais motivos pelos quais
muitas abandonam suas igrejas: Eles vivem do passado.Ah! No tempo daquele
outro pastor, sim, a gente via o poder de Deus. Ah! Antigamente a Igreja orava
mais, buscava mais a presença de Deus. Ah! No tempo dos apóstolos é que havia
poder. Ah! No tempo de Jesus… E, assim vão caminhando e se
distanciando, sem entender que o poder de Deus está à disposição de todo aquele
que se santifica e que Deus se manifesta hoje em dia no meio do seu povo com a
mesma graça e misericórdia de outrora.
É interessante observar que foi
exatamente no momento do maior dos milagres de todos os tempos, a ressurreição,
que este dois pensavam que o poder de Deus havia cessado.
Meu irmão, você acha que sua
Igreja anda sem poder? Cuidado! Pode ser que você esteja virando as costas e
esteja perdendo de ver as maravilhas de Deus. Mas, se for mesmo verdade que sua
igreja anda assim, meio sem poder, não a abandone nesta hora difícil. Seja você
aquele que vai iniciar um incêndio espiritual ali. Dedique-se ao estudo da
Palavra de Deus, à oração e ao jejum, às boas obras e ao amor fraternal. Pague
o preço. Não use isto como desculpa, pois, pode ser que quem está frio e sem
poder seja você mesmo.
5o Motivo: Perda da esperança –
vs. 20-21
“Ora, nós esperávamos que fosse ele quem havia de
redimir a Israel; mas, depois de tudo isto, é já este o terceiro dia desde
que tais coisas sucederam”.
Naquela época os defuntos eram
colocados em cavernas e não enterrados, como fazemos hoje em dia, e a morte era
oficialmente confirmada somente após três dias do sepultamento. Tudo isso para
evitar que alguém fosse enterrado vivo, pois não tinham como diagnosticar os
casos de morte aparente. Mas, depois de três dias, a morte era decretada e
acabava-se qualquer raio de esperança dos amigos e parentes.
Cleopas e seu amigo haviam
depositado todas as suas esperanças em Jesus, mas ele morreu. E, após três dias
do seu sepultamento, suas esperanças se foram.
Muitas pessoas abandonam suas
igrejas porque perderem a esperança. Toda igreja passa por crises e nestas
épocas, ao invés de procurar levantar o moral dos membros, muitos se apresentam
como profetas, “Profetas-Só-De-Coisas-Ruins”, sempre anunciando que “há
uma nuvem escura sobre a Igreja”, que Deus “está pesando a mão”,
que “há pecado na igreja”, etc, etc e tal.
Desconhecem a história da Igreja
Cristã, que já passou por verdadeiras crises e superou cada uma delas,
pois “Maior é o que está em nós, que aquele
que está no mundo”. Esquecem que “… em Cristo, somos mais que vencedores”.
As coisas andam feias em sua
Igreja? Arregace as mangas e ajude aqueles poucos que ainda estão lutando. Se
você parar de reclamar, já está ajudando. Mas, se resolver colocar a mão na
massa, a coisa vai!
Mesmo que sua Igreja já tenha
morrido, Deus a pode ressuscitar, pois, no dicionário de Deus não consta a
palavra IMPOSSÍVEL.
A esperança é a última que
morre, mas, quando morre, mata o homem.
Cuide-se para não perder a
esperança! Olhe sua Igreja com olhos espirituais; procure ver o que ela será, pela
graça de Deus e não sua situação atual.
6o Motivo: Decepção – vs. 21
“Ora, nós esperávamos que fosse ele quem
havia de redimir a Israel; mas, depois de tudo isto, é já este o terceiro
dia desde que tais coisas sucederam”.
Quantas vezes Jesus afirmou que
seu reino não é deste mundo? Ele deixou claro que não veio para formar um
exército, para ser o governador ou o rei de uma nação, para criar uma dinastia
ou qualquer destas coisas que os poderosos tanto apreciam. Apesar disto, os
apóstolos pensavam que Jesus iria ser coroado e enfrentar os romanos e “redimir” (libertar) Israel.
Havia, é claro, um interesse
pessoal em cada um deles, para acreditar nisso. Como amigos íntimos do Mestre,
certamente eles seriam nomeados generais, ministros, secretários. Imagine,
um grupo de pescadores analfabetos nomeados para os altos escalões do novo
governo, o governo de Jesus. Fantástico, não é mesmo?
Mas, eles estavam confusos.
Jesus nunca disse isso, nunca lhes deu qualquer esperança neste sentido.
Ora, a Bíblia diz que quem crê
em Jesus jamais será confundido. O quê aconteceu com os apóstolos, para ficaram
tão confusos?
Eles deixaram de ouvir as
palavras de Jesus e passaram a acreditar em suas próprias ambições e devaneios.
Muitas pessoas abandonam suas
Igrejas quando se decepcionam com alguma coisa. Mas, como chegam a este ponto?
Quando deixam de ouvir as
verdades de Deus para ouvir seus próprios corações. Quando enganam a si mesmos,
afirmando e acreditando que Deus lhes prometeu alguma coisa, quando, no fundo,
eles estão apenas tentando satisfazer suas ambições pessoais.
A Bíblia diz que só há um
mediador entre Deus e os homens, Jesus. Porém, infelizmente, muitos se
decepcionam porque deixam de procurar em Jesus as respostas para suas vidas e
vão atrás de certos “homens e mulheres de Deus”, mendigando oração
e em busca de “revelação”. Passam a dar ouvidos aos
profetas e profetizas de plantão. Passam a dar mais valor a sonhos, visões e
sinais, que à presença de Deus e seus ensinos.
Outros evangélicos organizam
suas vidas função de suas Igrejas e de seus líderes, de tal forma que abandonam
a família, os amigos, o estudo, o auto-desenvolvimento, o laser, etc. Então,
num belo dia, suas Igrejas e seus líderes traem sua confiança, e a decepção vem
à cavalo. Daí, não dá mais para segurar a barra. O único jeito de enfrentar a
realidade é… bem, é fugindo dela. Abandonando tudo.
Decepcionado? A culpa é sua, se
acreditou em suas próprias ambições e se organizou sua vida em função de homens
e Igrejas.
Jesus nunca decepcionou alguém
que tenha organizado sua vida em favor dele.
É hora de reconhecer os erros,
para não cair mais.
7o Motivo: Falta de fé, descrença –
vs. 22-25
“… mas,
depois de tudo isto, é já este o terceiro dia desde que tais coisas sucederam.
É verdade também que algumas mulheres, das que conosco estavam, nos
surpreenderam, tendo ido de madrugada ao túmulo; e, não achando o corpo de
Jesus, voltaram dizendo terem tido uma visão de anjos, os quais afirmam que ele
vive. De fato, alguns dos nossos foram ao sepulcro e
verificaram a exatidão do que disseram as mulheres; mas não o viram”.
Quase que dá para ouvir o tom de
desprezo deles em relação ao testemunho das mulheres, quando se referiram a
elas como “algumas mulheres”.
Não eram apenas algumas
mulheres. Eram mulheres bem conhecidas do grupo. Mulheres respeitadas, que
tinham nome e sobrenome. Mulheres que apoiaram o ministério de Jesus todo o
tempo, não só financeiramente, mas, principalmente, com o serviço de suas
próprias vidas. Mas, nada disso tinha qualquer valor para Cleopas e seu
companheiro. Imediatamente, eles desqualificaram o testemunho delas, por serem
apenas mulheres.
Mas, sua descrença não parou por
aí. Descreram, também, do testemunho dos homens (De fato, alguns dos nossos foram
ao sepulcro e verificaram a exatidão do que disseram as mulheres; mas não o
viram). À primeira vista parece que o
testemunho dos homens os deixou propensos a crer, mas, não! Se tivessem
crido no testemunho daqueles verdadeiros servos de Deus, JAMAIS TERIAM IDO
EMBORA para Emaús.
Descreram da própria
ressurreição, apesar dela ter sido apregoada por Jesus.
Em resumo, descreram das
mulheres, dos homens e do poder de Deus. Não é à toa que a repreensão de Jesus
foi tão severa.
Um dos motivos que levam as
pessoas a abandonar suas igrejas é quando elas passam a agir de modo
semelhante.
É verdade que nas igrejas têm
muita gente exagerada, doidas para dar um “tremendo testemunho”,
tentando impressionar, para conquistar o respeito do grupo.
Por outro lado, no entanto, há os
casos verdadeiros. Testemunhos verídicos, comedidos, isentos de exageros.
Pessoas que, de fato, têm experimentando uma dose maior da graça de Deus.
Como diferenciar o falso do
verdadeiro? A Bíblia nos ensina a agir com prudência, sobriedade e
discernimento.
Alguém certa vez disse: Para
quem quer crer, nenhuma prova é preciso; para quem não quer crer, nenhuma prova
basta.
Seja crente, de verdade. Seja
sábio e prudente, mas crente. Jamais acredite em tudo; jamais duvide de
tudo.
O crente vive pela fé e não por
preconceitos.
Por ser que, neste ponto desta
mensagem, você já tenha compreendido porque abandonou sua ou porque está
pensando em fazê-lo. A pergunta que vem a seguir é natural: E agora,
como voltar? Como sentir de novo a mesma alegria que eu sentia no início?
Eu estaria mentindo, se lhe dissesse
que é fácil voltar ou recuperar a alegria do primeiro amor. Não é nada fácil;
mas não é impossível. Vou fazer uma lista dos eventos que motivaram aqueles
dois a voltar correndo para Jerusalém:
a) Jesus foi atrás deles;
b) Jesus ouviu suas queixas;
c) Jesus falou aos seus corações:
“E, começando por Moisés, discorrendo por todos os
Profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras”, de tal modo que seus “corações ardiam”;
d) Eles convidaram Jesus a entrar em sua casa;
e) Jesus restaurou a comunhão (no partir do pão);
f) Jesus abriu seus olhos (tirou a cegueira espiritual);
g) Eles voltaram correndo para Jerusalém.
Note que, dos sete eventos que
os culminaram na volta deles, somente dois foram de iniciativa humana; quanto
aos demais, foram de iniciativa e Jesus.
Em outras palavras: Se
Deus não tiver misericórdia de sua vida, você jamais conseguirá voltar à sua
igreja ou jamais conseguirá voltar a sentir a mesma alegria do início.
Meu conselho é que você dobre
seu joelho e clame em alta voz:
Jesus, por favor, venha me
buscar!
E, quando algum irmão ou pastor
o procurar e lhe convidar para ir a um culto, vá! E, se o seu coração começar a
arder, ao ouvir a Palavra de Deus, convide Jesus a entrar em seu coração e
ficar com você nesta “noite fria” que se instalou em seu
espírito.
Aceite o perdão de Deus (coma do
pão que Jesus lhe der) e…
VOLTE PARA SUA IGREJA.
Se não for possível nem
recomendável voltar para sua igreja, peça a Deus para lhe mostrar seu novo
lugar de adoração.
Não seja LOUCO E DURO DE
CORAÇÃO!
Seja crente!
Crê somente
Deus vos abençoe,
Pr. Paulo Tomé
Um brinde musical para vocês:
ric+JESUS!
Vosso irmão e servo em Cristo Jesus
Maranatah!
Um brinde musical para vocês:
ric+JESUS!
Vosso irmão e servo em Cristo Jesus
Maranatah!
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Que Jesus vos ilumine e o Espírito Santo de Deus lhe dê sabedoria!