Referência: Filipenses 2.6-11
INTRODUÇÃO
1. A doutrina sempre deve estar conectada com a vida
-Este é o texto clássico da cristologia na Bíblia.
-Esta é a passagem mais
importante e mais emocionante que Paulo escreveu sobre Jesus.
-Aqui Paulo alcança as alturas
mais excelsas da sua reflexão teológica acerca do Filho de Deus.
-Porém, o contexto revela-nos que
Paulo está tratando de um problema prático na vida da igreja, exortando os
crentes à unidade. Ou seja, Paulo está expondo seu pensamento teológico mais
profundo para resolver um problema de desunião dentro da igreja.
-A teologia deve sempre estar
conectada com a vida. A teologia determina à ética.
-A doutrina é a base para a
solução dos problemas que atacam a igreja. A igreja precisa pensar
teologicamente
-Paulo sempre une teologia e ação. Para ele, todo sistema de
pensamento deve necessariamente converter-se em um caminho de vida.
-Em muitos aspectos esta passagem
é uma daquelas que tem o maior alcance teológico do Novo Testamento, mas toda a
sua intenção está em persuadir e impulsionar os Filipenses a viverem uma vida
livre de desunião, desarmonia e ambição pessoal.
2. A vida de Cristo é o exemplo máximo para a igreja
-Paulo corrige os problemas internos da igreja de Filipos não apenas lhes oferecendo conceitos doutrinários, mas mostrando-lhes o exemplo de Cristo.
2. A vida de Cristo é o exemplo máximo para a igreja
-Paulo corrige os problemas internos da igreja de Filipos não apenas lhes oferecendo conceitos doutrinários, mas mostrando-lhes o exemplo de Cristo.
-O melhor remédio para curar os
males da igreja é olhar para Jesus, seguir os seus passos e imitar seu exemplo
(2.5).
-A igreja de Filipos estava sendo
atacada por inimigos externos e por intrigas internas. Para corrigir ambos os
males, ela deveria olhar para Jesus.
-A atitude de auto-renunciaria, com vistas a auxiliar outros, deveria estar presente e se expandir na vida de cada discípulo (Mt 11.29; Jo 13.12-17; 13.34; 21.19; 1Co 11.1; 1Ts 1.6; 1Pe 2.21-23; 1Jo 2.6).
-A atitude de auto-renunciaria, com vistas a auxiliar outros, deveria estar presente e se expandir na vida de cada discípulo (Mt 11.29; Jo 13.12-17; 13.34; 21.19; 1Co 11.1; 1Ts 1.6; 1Pe 2.21-23; 1Jo 2.6).
-Se Jesus não é nosso exemplo, então nossa fé é
estéril e nossa ortodoxia, morta.
I. A HUMILHAÇÃO DE CRISTO (2.6-8)
1. Ele voluntariamente abriu mão de seus direitos (2.6)
-Jesus antes da sua encarnação sempre foi Deus co-igual, co-eterno e consubstancial com o Pai e com o Espírito Santo.
I. A HUMILHAÇÃO DE CRISTO (2.6-8)
1. Ele voluntariamente abriu mão de seus direitos (2.6)
-Jesus antes da sua encarnação sempre foi Deus co-igual, co-eterno e consubstancial com o Pai e com o Espírito Santo.
-Ele sempre foi revestido de
glória e majestade (Jo 17.5). Ele é o criador de todas as coisas, visíveis e
invisíveis (Cl 1.16). Ele sempre foi adorado pelos anjos nas coortes
celestiais.
-A expressão “subsistindo em forma de Deus” (2.6) é muito importante para entendermos a divindade de Cristo.
-A expressão “subsistindo em forma de Deus” (2.6) é muito importante para entendermos a divindade de Cristo.
William Barclay diz que a palavra “subsistindo” hyparquein descreve aquilo que é
essencial e que não pode ser mudado; aquilo que possui uma forma inalienável.
-Descreve características inatas,
imutáveis e inalteráveis. Assim, pois, Paulo começa dizendo que Jesus é Deus em
forma essencial, inalterável e imutável.
-Logo Paulo continua dizendo que Jesus “subsistia em forma de Deus”.
-Logo Paulo continua dizendo que Jesus “subsistia em forma de Deus”.
Há duas palavras gregas para forma: morphe e schema.
-Ambas podem ser traduzidas por
“forma”. Mas, elas não têm o mesmo significado. Morphe é forma essencial
de algo que jamais se altera; schema é a forma externa que muda de
tempo em tempo e de circunstância em circunstância.
-A palavra que Paulo usa com
referência a Jesus é morphe. Jesus está de maneira
inalterável na forma de Deus; sua essência e seu ser imutável são divinos.
-Werner de Boor faz referência à bela formulação de Lutero: “O Filho do Pai, Deus por
natureza...”.
-Nesta mesma linha de pensamento
Ralph Martin diz que morphe é “natureza essencial” em
oposição à “forma exterior” schema.
-O erudito Lightfoot diz que morphe implica não em
características externas, mas em atributos essenciais.
-Há uma profunda conexão entre morphe e schema.
-Há uma profunda conexão entre morphe e schema.
-A primeira se refere àquilo que
é anterior essencial e permanente na natureza de uma pessoa ou coisa; enquanto
a segunda aponta para seu aspecto externo, acidental ou aparente.
-O que Paulo está dizendo, pois,
em Filipenses 2.6 é que Cristo Jesus sempre foi (e continuará sempre sendo)
Deus por natureza, a expressa imagem da Divindade.
-O caráter específico da
Divindade, segundo se manifesta em todos os atributos divinos, foi e é sua
eternidade, diz William Hendriksen.
-Jesus sempre foi Deus (Jo 1.1;
Cl 1.15; Hb 1.3). Ele sempre possuiu toda a glória e louvor no céu. Com o Pai e
o Espírito Santo, ele sempre reinou sobre o universo.
-Há outra verdade gloriosa exposta no versículo 6. O apóstolo Paulo diz que Jesus “não julgou como usurpação o ser igual a Deus”, ou seja, não considerou a sua igualdade com Deus como “algo que deveria reter egoisticamente”.
-Há outra verdade gloriosa exposta no versículo 6. O apóstolo Paulo diz que Jesus “não julgou como usurpação o ser igual a Deus”, ou seja, não considerou a sua igualdade com Deus como “algo que deveria reter egoisticamente”.
-A palavra grega aqui traduzida
por “usurpação” é harpagmos. Essa palavra só aparece aqui em toda a Bíblia.
-Ela provém de um verbo que
significa arrebatar ou aferrar-se. Jesus não se agarrou aos privilégios de sua
igualdade com Deus, antes abriu mão dela por amor aos homens.
-Ralph Martin afirma
que para o Cristo pré-encarnado, ao invés de imaginar que igualdade com Deus
significa obter, ao contrário, ele deu – deu até tornar-se vazio.
F. F. Bruce interpreta corretamente essa questão, quando escreve:
F. F. Bruce interpreta corretamente essa questão, quando escreve:
-Não existe a questão de Cristo
tentar arrebatar, ou apoderar-se da igualdade com Deus: ele é igual a Deus,
porque o fato de ele ser igual a Deus não é usurpação; Cristo é Deus em sua
natureza.
-Tampouco existe a questão de
Cristo tentar reter essa igualdade pela força.
-A questão fundamental é, antes,
que Cristo não usou sua igualdade com Deus como desculpa para auto-afirmação,
ou autopromoção; ao contrário, ele a usou como ocasião para renunciar a todas
as vantagens ou privilégios que a divindade lhe proporcionava, como
oportunidade para auto-empobrecimento e auto-sacrifício sem reservas.
-Jesus não pensou em si mesmo; ele pensou nos outros. Ele abriu mão de sua glória, desceu das alturas e, usou seus privilégios para abençoar os outros.
-Jesus não pensou em si mesmo; ele pensou nos outros. Ele abriu mão de sua glória, desceu das alturas e, usou seus privilégios para abençoar os outros.
-Certa feita um repórter
entrevistou um próspero orientador profissional.
- Qual é o segredo do seu sucesso? Perguntou o repórter.
- Se quiser descobrir o que vale realmente um trabalhador, não lhe dê responsabilidades; dê-lhe privilégios, respondeu o orientador. Muitas pessoas são capazes de cumprir responsabilidades, mas só um líder sabe lidar com privilégios, usando-os para ajudar os outros.
- Qual é o segredo do seu sucesso? Perguntou o repórter.
- Se quiser descobrir o que vale realmente um trabalhador, não lhe dê responsabilidades; dê-lhe privilégios, respondeu o orientador. Muitas pessoas são capazes de cumprir responsabilidades, mas só um líder sabe lidar com privilégios, usando-os para ajudar os outros.
-Um homem inferior servir-se-á
dos privilégios para autopromoção. Jesus usou os seus privilégios celestes para
o bem dos outros.
-A Bíblia diz que ele andou por toda a parte,
fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo (At 10.38).
-Vale a pena contrastar a atitude de Cristo com a de Lúcifer (Is 14.12-15) e com a de Adão (Gn 3.1-7).
-Vale a pena contrastar a atitude de Cristo com a de Lúcifer (Is 14.12-15) e com a de Adão (Gn 3.1-7).
-Lúcifer foi o mais elevado dos
seres angélicos, assistindo junto ao trono de Deus (Ez 28.11-19), mas desejou
ser igual a Deus e sentar-se sobre o seu trono. Lúcifer declarou: “Eu farei”,
mas Jesus disse: “Faça-se a tua vontade”.
-Lúcifer não se contentou em ser
uma criatura, queria ser o criador; Jesus era o criador e, voluntariamente,
fez-se homem.
-A humildade de Jesus constitui
uma reprovação ao orgulho de Satanás. Lúcifer não se contentou apenas em ser
rebelde, mas invadiu o Éden e tentou o homem à rebeldia.
-Adão tinha tudo, era o rei da
criação, mas Satanás lhe disse: “Sereis como Deus”.
-O homem então, tentou agarrar
algo que estava para além do seu alcance e assim precipitou toda a raça humana
no pecado e na morte. Adão pensou unicamente em si; Jesus Cristo pensou nos
outros.
F. F. Bruce coloca
essa questão assim: “Adão, criado homem, à imagem de Deus, tentou arrebatar
para si uma falsa e ilusória igualdade com Deus. Cristo alcançou senhorio
universal mediante sua renúncia, enquanto Adão perdeu seu senhorio mediante o
roubo do fruto proibido”.
Robertson corretamente afirma que Paulo não está aqui nos oferecendo apenas uma técnica discussão teológica acerca da pessoa de Cristo; em vez disso, ele está fazendo um uso prático da encarnação de Cristo para enfatizar a grande lição da humildade como fator essencial para a unidade. Cristo se humilhou e nós também devemos fazê-lo.
2. Ele se esvaziou (2.6,7)
-O Filho de Deus deixou o céu, a glória, seu trono, e fez-se carne, fez-se homem, se encarnou.
Robertson corretamente afirma que Paulo não está aqui nos oferecendo apenas uma técnica discussão teológica acerca da pessoa de Cristo; em vez disso, ele está fazendo um uso prático da encarnação de Cristo para enfatizar a grande lição da humildade como fator essencial para a unidade. Cristo se humilhou e nós também devemos fazê-lo.
2. Ele se esvaziou (2.6,7)
-O Filho de Deus deixou o céu, a glória, seu trono, e fez-se carne, fez-se homem, se encarnou.
-Aquele que em seu estado
pré-encarnado é igual a Deus é a mesma Pessoa que se esvaziou.
-O verbo grego kenou
“se esvaziou”, literalmente significa “tirar algo de um recipiente até
que fique vazio” ou “derramar algo até que não fique nada”.
-Paulo usa aqui a palavra mais
gráfica possível para que se faça patente o sacrifício da encarnação.
Do que Cristo se esvaziou?
Do que Cristo se esvaziou?
-Certamente não foi da existência
“na forma de Deus”. Isso seria impossível.
-Ele continuou sendo o Filho de
Deus. Indubitavelmente, Cristo renunciou seu ambiente de glória. Ele pôs de
lado sua majestade e glória (Jo 17.5), mas permaneceu Deus.
-Ele jamais deixou de ser o
possuidor da natureza divina. Mesmo em seu estado de humilhação ele jamais se
despojou de sua divindade.
F. F. Bruce diz que em vez de explorar sua igualdade com Deus, e dela auferir vantagens, Jesus se despojou a si próprio, não de sua natureza divina, visto que isso seria impossível, mas das glórias e das prerrogativas da divindade.
F. F. Bruce diz que em vez de explorar sua igualdade com Deus, e dela auferir vantagens, Jesus se despojou a si próprio, não de sua natureza divina, visto que isso seria impossível, mas das glórias e das prerrogativas da divindade.
-Isto não significa que ele
trocou sua natureza (ou forma) divina pela natureza (ou forma) de um escravo:
significa que ele demonstrou a natureza (ou forma) de Deus na natureza (ou
forma) de um escravo.
-No cenáculo, Jesus pegou uma
bacia, cingiu-se com uma toalha e lavou os pés dos discípulos e depois,
disse-lhes: “Vós me chamais o Mestre e o Senhor e dizeis bem; porque eu o sou.
Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis
lavar os pés uns dos outros”.
William Hendriksen, abrindo uma janela para o nosso entendimento dessa gloriosa verdade, diz que a inferência é que Cristo se esvaziou de sua existência-na-forma-de-igualdade-a-Deus e ilustra com alguns pontos.
Em primeiro lugar, ele renunciou sua relação favorável à lei divina.
William Hendriksen, abrindo uma janela para o nosso entendimento dessa gloriosa verdade, diz que a inferência é que Cristo se esvaziou de sua existência-na-forma-de-igualdade-a-Deus e ilustra com alguns pontos.
Em primeiro lugar, ele renunciou sua relação favorável à lei divina.
-Enquanto permanecia no céu
nenhuma carga de culpa pesava sobre ele.
-Entretanto, ao encarnar-se, ele
que não conheceu pecado, se fez pecado por nós (Jo 1.29; 2Co 5.1); ele que era
bendito eternamente se fez maldição por nós (Gl 3.13) e levou sobre seu corpo,
no madeiro, todos os nossos pecados (1Pe 2.24).
Em segundo lugar, ele renunciou suas riquezas.
Em segundo lugar, ele renunciou suas riquezas.
-O apóstolo Paulo diz: “Pois
conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que sendo rico, se fez pobre
por amor de vós, para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos” (2Co 8.9).
-Jesus renunciou tudo, até mesmo
sua própria vida (Jo 10.11).
- Tão pobre ele era que tomou
emprestado um lugar para nascer, uma casa para pernoitar, um barco para pregar,
um animal para cavalgar, uma sala para reunir e um túmulo para ser sepultado.
Em terceiro lugar, ele renunciou sua glória celestial.
Em terceiro lugar, ele renunciou sua glória celestial.
- Ele tinha glória com o Pai
antes que houvesse mundo (Jo 17.5). Mas, voluntariamente deixou a companhia dos
anjos e veio para ser perseguido e cuspido pelos homens.
- Do infinito sideral de eterno
deleite, na própria presença do Pai, voluntariamente ele desceu a este reino de
miséria a fim de armar sua tenda com os pecadores.
-Ele, em cuja presença os
serafins cobriam o rosto, o objeto da mais solene adoração, voluntariamente
desceu a este mundo, onde foi “desprezado e o mais rejeitado entre os homens;
homem de dores e que sabe o que é padecer” (Is 53.3).
Em quarto lugar, ele renunciou o livre exercício de sua autoridade.
Em quarto lugar, ele renunciou o livre exercício de sua autoridade.
-Ele voluntariamente se submeteu
ao Pai e diz: “Eu não procuro a minha própria vontade, e, sim, a daquele que me
enviou” (Jo 5.30).
Bruce Barton comentando este texto diz que Jesus não era parte homem e parte Deus; ele era completamente humano e completamente divino.
Bruce Barton comentando este texto diz que Jesus não era parte homem e parte Deus; ele era completamente humano e completamente divino.
-Antes de Jesus vir ao mundo, as
pessoas só podiam conhecer a Deus parcialmente. Depois, puderam conhecê-lo
plenamente, porque ele se tornou visível e tangível.
-Cristo é a perfeita expressão de
Deus em forma humana. Ele é a exegese de Deus.
-Nele habita corporalmente toda a
plenitude da divindade.
-Como homem, porém, Jesus estava
limitado a lugar, tempo, e outras limitações humanas.
- Contudo, ele não deixou de ser
plenamente Deus ao tornar-se humano, embora tenha abdicado de sua glória e seus
direitos.
-É estonteante refletir que Paulo tenha escrito sobre esse sublime mistério da humilhação de Cristo para ensinar a igreja de Filipos acerca da humildade nos relacionamentos.
-É estonteante refletir que Paulo tenha escrito sobre esse sublime mistério da humilhação de Cristo para ensinar a igreja de Filipos acerca da humildade nos relacionamentos.
Werner de Boor corrobora, dizendo: Será que haveria pessoas em Filipos que deveriam doar
ceder, tornarem-se humildes, mas que declarariam: “Não se pode exigir isso de mim. Isso é demais para minha boa vontade!”
-Será que qualquer um deles, Paulo ou os Filipenses,
ainda pode reivindicar quaisquer direitos no serviço a esse Jesus?
“Esvaziar-se”, renunciar, tornar-se pequeno – será que ainda seria difícil
agir assim depois de ouvir acerca desse Jesus e da forma com que ele abriu mão
do que tinha: passando da forma divina para figura de escravo?
-Será que esse incrível salto
para as profundezas poderia ser comparável ao salto de um pecador perdido e
condenado para se tornar escravo desse Jesus?
-Se em algum momento houver
problemas com a concórdia e comunhão dos irmãos porque alguma coisa ainda está
sendo retida, então Jesus ainda não foi corretamente apreendido.
- É justamente por isso, não para
escrever capítulos de uma obra doutrinária, que Paulo mostra Jesus aos Filipenses.
3. Ele serviu (2.7)
-O eterno Filho de Deus não nasceu num palácio.
3. Ele serviu (2.7)
-O eterno Filho de Deus não nasceu num palácio.
-O Rei dos reis não nasceu num
berço de ouro nem entrou no mundo por intermédio de uma família rica e
opulenta; ao contrário, nasceu num berço pobre, numa família pobre, numa cidade
pobre.
-Jesus nasceu numa manjedoura,
cresceu numa carpintaria e morreu numa cruz.
-Ele não veio ao mundo para ser
servido, mas para servir (Mc 10.45).
-Jesus não pensou nos outros apenas de forma abstrata; ele assumiu a forma de servo, ele serviu.
-Jesus não pensou nos outros apenas de forma abstrata; ele assumiu a forma de servo, ele serviu.
-A palavra “forma” aqui é
novamente morphe, uma forma absoluta. Jesus não fingiu ser um servo.
-Ele não foi um ator no
desempenho de um papel. Ele de fato foi servo!
-A única pessoa no mundo que
tinha razão de fazer valer seus direitos, os renunciou. E foi Cristo Jesus
mesmo que disse: “Pois, no meio de vós, eu sou como quem serve” (Lc 22.27).
-Jamais algum servo serviu com
mais imutável lealdade, abnegada devoção e irrepreensível obediência do que
Jesus.
-O Senhor de todos tornou-se servo
de todos (Mt 20.27; Mc 10.45). Jesus assumiu a forma de servo como ele era
antes em toda a eternidade em forma de Deus.
-Jesus serviu aos pecadores, às meretrizes, aos cobradores de impostos, aos doentes, aos famintos, aos tristes e enlutados.
-Jesus serviu aos pecadores, às meretrizes, aos cobradores de impostos, aos doentes, aos famintos, aos tristes e enlutados.
-Quando seus discípulos, no
cenáculo, ainda alimentavam pensamentos soberbos, ele pegou uma toalha e uma
bacia e levou os seus pés (Jo 13.1-13).
4. Ele se tornou em semelhança de homens (2.7)
-O que Paulo quer dizer quando afirmou que Cristo Jesus se tornou em semelhança de homens e foi reconhecido em figura humana?
4. Ele se tornou em semelhança de homens (2.7)
-O que Paulo quer dizer quando afirmou que Cristo Jesus se tornou em semelhança de homens e foi reconhecido em figura humana?
-Aquele que era em forma de Deus
e era igual a Deus desde toda a eternidade tomou a forma de um homem num
particular momento da história.
Robertson
corretamente afirma que a humanidade, embora completamente real e não meramente
aparente como firmavam os céticos gnósticos, não podia expressar tudo o que
Cristo verdadeiramente era.
-Ele continuou subsistindo em
forma de Deus em sua natureza essencial a despeito de sua encarnação.
-Ele conservou a natureza
essencial de Deus mesmo depois de se tornar em semelhança de homens.
-Neste versículo 7, o apóstolo Paulo usa três palavras gregas que nos ajudam a entender o que significa para o eterno Filho de Deus se tornar m semelhança de homens.
-Neste versículo 7, o apóstolo Paulo usa três palavras gregas que nos ajudam a entender o que significa para o eterno Filho de Deus se tornar m semelhança de homens.
-A primeira palavra é morphe, a mesma palavra usada no
verso 6 para expressar “forma de Deus”. Essa palavra foi usada para falar de
Jesus em forma de Deus, e, agora, é usada para falar dele em forma de servo.
-A palavra morphe segundo James
Montgomery Boyce tem diferentes significados na língua grega; ela se refere
tanto ao caráter interno de uma pessoa ou coisa como a forma externa que
expressa esse caráter interno.
-Desta maneira, quando Paulo diz
que Cristo tomou a forma de servo ele quer dizer que Cristo se tornou homem
tanto internamente como externamente.
-Já temos visto que Cristo
possuía internamente a natureza de Deus e a apresentou externamente. Nesse
mesmo sentido, Jesus também possuía a natureza de homem tanto interna quanto
externamente.
-Exceto no pecado, qualquer coisa
que pode ser dito acerca do homem, pode ser dito também sobre o Senhor Jesus
Cristo.
- Jesus, assim, tornou-se
semelhante ao primeiro Adão, que foi sem pecado, mas como segundo Adão, fez-se
pecado por nós, para vencer o pecado e nos remir dele.
-A segunda palavra é homoioma, traduzida por Paulo como “semelhança”.
-A segunda palavra é homoioma, traduzida por Paulo como “semelhança”.
-Se a palavra morphe
refere-se à natureza do homem; a palavra homoioma fala dessa externa
aparência.
-Jesus não tem apenas sentimentos
e intelecto humanos, ele tem também a aparência humana.
-Ele nasceu como um bebê judeu e cresceu como
os outros meninos da sua raça. Do ponto de vista físico, ele foi perfeitamente
homem.
-A terceira palavra é schema, traduzida por Paulo por “figura”.
-A terceira palavra é schema, traduzida por Paulo por “figura”.
-O pensamento aqui é de
conformidade com a experiência humana. Paulo diz que Cristo não era apenas um
homem internamente em seus sentimentos e emoções; não apenas um homem
externamente em seu aspecto físico, mas também ele era um homem no sentido de
que suportou tudo o que nós suportamos neste mundo: tentação (Hb 4.15),
sofrimento (1Pe 2.21) e desapontamento (Mt 23.37).
-Tudo o que diz respeito à
experiência humana, Jesus também vivenciou.
5. Ele se sacrificou (2.8)
-Muitas pessoas estão prontas a servir outros, se isso não lhes custar nada.
5. Ele se sacrificou (2.8)
-Muitas pessoas estão prontas a servir outros, se isso não lhes custar nada.
-Mas se há um preço a pagar,
então perdem o interesse.
-Jesus Cristo serviu
sacrificialmente e foi obediente até à morte e morte de cruz.
-Cristo se esvaziou e se humilhou
quando ele se fez homem. Depois desceu mais um degrau nessa escalada da
humilhação, quando se fez servo; mas, desceu às profundezas da humilhação
quando suportou a morte e morte de cruz.
-Por seu sacrifício, ele
transformou esse horrendo patíbulo de morte no símbolo mais glorioso do
cristianismo (Gl 6.14).
James Boyce diz que a cruz de Cristo é a grande ênfase de toda a Bíblia, tanto do Velho como do Novo Testamento (Lc 24.25-27).
James Boyce diz que a cruz de Cristo é a grande ênfase de toda a Bíblia, tanto do Velho como do Novo Testamento (Lc 24.25-27).
-Dois quintos do Evangelho de
Mateus são dedicados à última semana de Jesus em Jerusalém. Mais de três
quintos do Evangelho de Marcos, um terço do Evangelho de Lucas e quase a metade
do Evangelho de João dão a mesma ênfase.
-O apóstolo João fala da
crucificação de Cristo como a “a hora” vital para a qual Cristo veio ao mundo e
seu ministério foi exercido (Jo 2.4; 7.30; 8.20; 12.23; 12.27; 13.1; 17.1).
-O mesmo autor diz que Cristo
morreu para remover o pecado (1Pe 2.24; 2Co 5.21), satisfazer a justiça divina
(Rm 3.24-26) e revelar o amor de Deus (Jo 3.16; 1Jo 4.10).
A morte de cruz tinha três características:
Em primeiro lugar, ela era dolorosíssima.
Em primeiro lugar, ela era dolorosíssima.
-Era a pena de morte aplicada
apenas aos escravos e delinquentes.
-Havia um adágio que dizia que
uma pessoa crucificada morria mil mortes.
-Muitas vezes, o crucificado
passava vários dias pregado na cruz e morria lentamente com câimbras, asfixia e
dores atrozes.
Em segundo lugar, ela era ultrajante.
Em segundo lugar, ela era ultrajante.
-A pessoa condenada era açoitada,
ultrajada e cuspida e, depois, tinha que carregar a cruz debaixo do escárnio da
multidão até o lugar da sua execução.
Em terceiro lugar, ela era maldita.
Em terceiro lugar, ela era maldita.
-Uma pessoa que era dependurada
na cruz era considerada maldita (Dt 21.23; Gl 3.13).
- Assim, enquanto Jesus estava
pendente na cruz, embaixo Satanás e suas hostes o assaltavam; em volta os
homens o escarneciam; de cima, Deus o cobria com um manto de trevas, símbolo de
maldição e de dentro prorrompia o amargo grito: “Deus meu, Deus meu, por que me
desamparaste?”
-De fato, Cristo desceu a este
inferno, o inferno do Calvário.
Ralph Martin diz que o Senhor da Igreja
consentiu em terminar sua vida num patíbulo romano e do ponto de vista judaico,
morrer sob condenação divina.
-Assim, Jesus nos conduz como num
imenso mergulho, dos mais elevados píncaros aos mais profundos vales, da luz de
Deus para a escuridão da morte.
-Mas, não devemos olhar a morte de Cristo na cruz apenas sob a perspectiva do sofrimento físico. A grande questão é: por que ele morreu na cruz?
-Mas, não devemos olhar a morte de Cristo na cruz apenas sob a perspectiva do sofrimento físico. A grande questão é: por que ele morreu na cruz?
-Cristo não foi para a cruz
porque Judas o traiu por ganância, porque os sacerdotes o entregaram por inveja
ou porque Pilatos o condenou por covardia.
-Ele foi para a cruz porque o Pai
o entregou por amor e porque ele a si mesmo se entregou por nós.
-Ele morreu pelos nossos pecados
(1Co 15.3). Nós o crucificamos. Nós estávamos lá no Calvário não como platéia,
mas como agentes da sua crucificação.
-A cruz de Cristo é a maior expressão do amor de Deus por nós e a mais intensa expressão da ira de Deus sobre o pecado.
-A cruz de Cristo é a maior expressão do amor de Deus por nós e a mais intensa expressão da ira de Deus sobre o pecado.
-O pecado é horrendo aos olhos de
Deus. A santa justiça de Deus exige a punição do pecado. O salário do pecado é
a morte. Então, Deus num ato incompreensível de eterno amor, puniu o nosso
pecado em seu próprio Filho, para poupar-nos da morte eterna.
-Na cruz Jesus bebeu sozinho o
cálice amargo da ira de Deus contra o pecado.
-Na cruz Jesus foi desamparado
para sermos aceitos. Ele não desceu da cruz para podermos subir ao céu.
-Ele se fez maldição na cruz para
sermos benditos de Deus. Ele morreu a nossa morte para vivermos a sua vida.
II. A EXALTAÇÃO DE CRISTO (2.9-11)
1. É obra de Deus (2.9)
-O apóstolo Paulo faz uma transição daquilo que Cristo fez para aquilo que Deus fez para ele e por ele.
II. A EXALTAÇÃO DE CRISTO (2.9-11)
1. É obra de Deus (2.9)
-O apóstolo Paulo faz uma transição daquilo que Cristo fez para aquilo que Deus fez para ele e por ele.
-O mesmo que se humilhou foi
exaltado e essa exaltação lhe foi dada pelo Pai.
-O caminho da exaltação passa
pelo vale da humilhação; a estrada para a coroação, passa pela cruz. Deus
exalta aqueles que se humilham (Mt 23.13; Lc 14.11; 18.14; Tg 4.10; 1Pe 5.6).
-Foi por causa do sofrimento da
morte que essa recompensa lhe foi dada (Hb 1.3; 2.9; 12.2), diz William Hendriksen.
-Deus não deixou Cristo na sepultura, mas levantou-o da morte, levou-o de volta ao céu e o glorificou (At 2.33; Hb 1.3).
-Deus não deixou Cristo na sepultura, mas levantou-o da morte, levou-o de volta ao céu e o glorificou (At 2.33; Hb 1.3).
-Deus deu a Jesus “toda
autoridade no céu e na terra” (Mt 28.18). Deu a ele autoridade para julgar (Jo
5.27) e fê-lo senhor de vivos e de mortos (Rm 14.9), fazendo-o assentar à sua
destra, acima de todo principado e potestade, constituindo-o a cabeça de toda a
igreja (Ef 1.20-22).
Fica claro que esta elevação de
Jesus não foi a restituição da natureza divina, porque ele jamais a renunciou,
mas foi a restituição da glória eterna que tinha com o Pai antes que houvesse
mundo, da qual voluntariamente havia se despojado (Jo 17.5,24).
-Porque Jesus se humilhou, ele foi exaltado. Jesus mesmo é a suprema ilustração de sua própria afirmação: “... todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado” (Lc 18.14b).
-Porque Jesus se humilhou, ele foi exaltado. Jesus mesmo é a suprema ilustração de sua própria afirmação: “... todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado” (Lc 18.14b).
-Os homens o cuspiram, mas Deus o
exaltou. Os homens lhe deram nomes insultuosos, mas o Pai lhe deu o nome que
está acima de todo nome.
2. É uma exaltação incomparável (2.9)
-A expressão “o exaltou sobremaneira” é a tradução do verbo grego hyperhypsoun que só aparece aqui em todo o Novo Testamento e só pode ser aplicado a Cristo.
2. É uma exaltação incomparável (2.9)
-A expressão “o exaltou sobremaneira” é a tradução do verbo grego hyperhypsoun que só aparece aqui em todo o Novo Testamento e só pode ser aplicado a Cristo.
-O significado desse verso é
“super exaltado”. Deus, o Pai enalteceu o Filho de uma forma transcendentemente
gloriosa. O ergueu à mais elevada
excelsitude.
-Se os salvos vão para o céu,
Cristo ultrapassou os céus (Hb 4.14), foi feito mais alto que os céus (Hb 7.26)
e subiu acima de todos os céus (Ef 4.10).
-A exaltação incomparável de Cristo constitui-se no fato dele ter recebido um nome que está acima de todo nome (2.9).
-A exaltação incomparável de Cristo constitui-se no fato dele ter recebido um nome que está acima de todo nome (2.9).
-Ele recebeu este nome por
herança (Hb 1.4) e por doação (2.9).
-O nome de Jesus, agora, é
possessão da igreja. Por meio desse nome os enfermos são curados (At 3.6), os
perdidos são salvos (At 4.12), os crentes são perdoados (1Jo 2.12), os cativos
são libertos (Lc 10.17), as orações são respondidas (Jo 16.23). O apóstolo
Paulo diz que devemos fazer tudo em nome de Jesus (Cl 3.17).
-O grande título pelo qual Jesus chegou a ser conhecido na Igreja primitiva foi Kyrios.
-O grande título pelo qual Jesus chegou a ser conhecido na Igreja primitiva foi Kyrios.
-A palavra kyrios tem uma história
luminosa.
1) Começou significando amo ou proprietário.
2) Chegou a ser o título oficial
dos imperadores romanos.
3) Chegou a ser o título dos
deuses pagãos.
4) Kyrios era o termo grego que traduzia a
Jeová na versão grega das Escrituras, a Septuaginta.
-Desta maneira, quando Jesus era
chamado Kyrios, Senhor, significava que era o Senhor e o Dono de toda vida, o
Rei dos reis e Senhor de imperadores; o Senhor de uma maneira em que os deuses
pagãos e os ídolos mudos jamais podiam sê-lo. Jesus era nada menos que divino.
-A grande ênfase do Novo Testamento é sobre o senhorio de Cristo.
-A grande ênfase do Novo Testamento é sobre o senhorio de Cristo.
-O Filho de Deus é chamado de
Senhor mais de seiscentas vezes no Novo Testamento.
-Somente os que confessam que
Jesus é Senhor podem ser salvos. A Bíblia diz que quem tem o Filho tem a vida.
Podemos ilustrar esse ponto como segue:
Havia um homem muito rico que investira grande fortuna em quadros famosos. Tinha orgulho de ter uma das mais requintadas coleções dos maiores e mais consagrados pintores do mundo. Um dia seu filho único foi ferido numa viagem e morreu. Seu amigo, que o acompanhara em seus últimos suspiros, buscando consolar aquele pai aflito, enviou-lhe um quadro que ele mesmo pintara do rosto do seu filho. Ao receber o quadro, colocou-o numa bela moldura e dependurou-o junto aos seus quadros mais seletos. Ao perceber que sua morte se avizinhava, aquele homem rico chamou seu mordomo e entregou-lhe as suas últimas recomendações. Determinou que os quadros fossem leiloados e o dinheiro arrecadado deveria ser entregue a uma instituição de caridade. Em dia determinado, o leilão aconteceu. Para surpresa de todos, o mordomo começou leiloando o quadro do filho. Ninguém demonstrou interesse pelo quadro, pois ele não tinha nenhum atrativo nem valor artístico. Até que alguém resolveu fazer uma oferta e comprou o quadro. Para maior surpresa ainda, o mordomo anunciou o término do leilão. E quando, todos estavam inconformados e buscando uma explicação, o mordomo leu o testamento do seu patrão: “Aquele que comprar o quadro do filho, tem todos os outros, pois quem tem o filho tem tudo”.
Podemos ilustrar esse ponto como segue:
Havia um homem muito rico que investira grande fortuna em quadros famosos. Tinha orgulho de ter uma das mais requintadas coleções dos maiores e mais consagrados pintores do mundo. Um dia seu filho único foi ferido numa viagem e morreu. Seu amigo, que o acompanhara em seus últimos suspiros, buscando consolar aquele pai aflito, enviou-lhe um quadro que ele mesmo pintara do rosto do seu filho. Ao receber o quadro, colocou-o numa bela moldura e dependurou-o junto aos seus quadros mais seletos. Ao perceber que sua morte se avizinhava, aquele homem rico chamou seu mordomo e entregou-lhe as suas últimas recomendações. Determinou que os quadros fossem leiloados e o dinheiro arrecadado deveria ser entregue a uma instituição de caridade. Em dia determinado, o leilão aconteceu. Para surpresa de todos, o mordomo começou leiloando o quadro do filho. Ninguém demonstrou interesse pelo quadro, pois ele não tinha nenhum atrativo nem valor artístico. Até que alguém resolveu fazer uma oferta e comprou o quadro. Para maior surpresa ainda, o mordomo anunciou o término do leilão. E quando, todos estavam inconformados e buscando uma explicação, o mordomo leu o testamento do seu patrão: “Aquele que comprar o quadro do filho, tem todos os outros, pois quem tem o filho tem tudo”.
-Podemos de igual forma, afirmar:
“Quem tem o Filho tem a vida”, quem tem Jesus tem tudo!
3. É uma exaltação que exige rendição de todos (2.10)
William Hendriksen diz que em seu regresso em glória, Jesus será adorado por toda corporação de seres morais, em todos os setores do universo.
3. É uma exaltação que exige rendição de todos (2.10)
William Hendriksen diz que em seu regresso em glória, Jesus será adorado por toda corporação de seres morais, em todos os setores do universo.
-Os anjos e os seres humanos
redimidos farão isso com intenso regozijo, enquanto os condenados farão isso
com profunda tristeza e profundo remorso (Ap 6.12-17).
Ralph Martin diz que a aclamação final do
universo é, também, o “slogan” confessional da Igreja de hoje: “Jesus Cristo é
Senhor”. Ambos, o universo e a Igreja unem-se num reconhecimento comum, e num
tributo unânime.
-Na segunda vinda de Cristo os três mundos vão se dobrar aos seus pés: os céus, a terra e o inferno. Todo o joelho vai se curvar diante do poderoso nome de Jesus no céu (os anjos e os remidos), na terra (os homens) e debaixo da terra (demônios e condenados).
-Na segunda vinda de Cristo os três mundos vão se dobrar aos seus pés: os céus, a terra e o inferno. Todo o joelho vai se curvar diante do poderoso nome de Jesus no céu (os anjos e os remidos), na terra (os homens) e debaixo da terra (demônios e condenados).
-Com que júbilo se ajoelhará
diante de Jesus aqueles que foram salvos por ele.
-Com que pavor cairá de joelhos
aqueles que passaram orgulhosamente por ele ou o rejeitaram!
J. A. Motyer corretamente afirma que Jesus foi coroado no dia da sua ascensão.
J. A. Motyer corretamente afirma que Jesus foi coroado no dia da sua ascensão.
- Embora o dia da sua coroação já
tenha ocorrido infelizmente poucos têm conhecimento desse fato auspicioso.
-Aqueles que amam a Jesus sabem
disso e se regozijam nesse fato, mas milhões de pessoas no mundo não sabem que
Jesus é o Rei coroado e somente se prostrarão aos seus pés quando ele se
manifestar em glória.
-Naquele dia todo joelho vai se
dobrar, toda língua vai confessar que Jesus é Senhor, mas nem todos serão
salvos.
4. É uma exaltação proclamada universalmente (2.11)
-Toda língua vai confessar que Jesus é Senhor. Ele é o Rei dos reis, o Senhor dos senhores, o Todo-poderoso Deus, diante de quem os poderosos deste mundo vão ter que se curvar e confessar que ele é Senhor.
4. É uma exaltação proclamada universalmente (2.11)
-Toda língua vai confessar que Jesus é Senhor. Ele é o Rei dos reis, o Senhor dos senhores, o Todo-poderoso Deus, diante de quem os poderosos deste mundo vão ter que se curvar e confessar que ele é Senhor.
-Aqueles que zombaram dele, vão
ter que confessar que ele é o Senhor.
-Aqueles que o negaram e nele não
quiseram crer, vão ter que admitir e confessar que ele é Senhor.
-Essa confissão será pública e universal. Todo
o universo vai ter que se curvar diante daquele que se humilhou, mas foi
exaltado sobremaneira!
-Isso não significa, obviamente, que todas as pessoas serão salvas. Somente aqueles que agora reconhecem que Jesus é o Senhor o confessam como tal serão salvos (Rm 10.9).
-Isso não significa, obviamente, que todas as pessoas serão salvas. Somente aqueles que agora reconhecem que Jesus é o Senhor o confessam como tal serão salvos (Rm 10.9).
-Porém, na segunda vinda de
Cristo nenhuma língua ficará silenciosa, nenhum joelho ficará sem se dobrar.
-Todas as criaturas e toda a
criação reconhecerão que Jesus é Senhor (2.11; Ap 5.13).
5. É uma exaltação que tem um propósito estabelecido (2.11)
A exaltação de Jesus tem dois propósitos claros:
Em primeiro lugar, que todos, em todos o universo reconheçam o senhorio de Jesus Cristo.
5. É uma exaltação que tem um propósito estabelecido (2.11)
A exaltação de Jesus tem dois propósitos claros:
Em primeiro lugar, que todos, em todos o universo reconheçam o senhorio de Jesus Cristo.
- Deus o exaltou o fez assentar à
sua destra e o constitui o Senhor absoluto do todo o universo.
-O senhorio de Cristo foi à
grande ênfase da pregação apostólica (At 2.36; Rm 10.9; Ap 17.14; 19.16).
-Importa que todos, em todos os
lugares, de todos os tempos reconheçam e confessem que Jesus é Senhor.
-Em virtude do poder e majestade
de Jesus Cristo, e pelo reconhecimento de que ele é o Senhor, toda língua o
proclamará.
-Pense nos termos pelos quais
temos o privilégio de darmos glória a ele.
-Pense sobre seus nomes. Jesus
Cristo é o Maravilhoso Conselheiro, o Deus Forte, o Pai da Eternidade, o
Príncipe da Paz. Ele é o Messias, o Senhor, o Primeiro e o Último, o Começo e o
Fim, o Alfa e o Ômega, o Ancião de Dias, o Rei dos reis e o Senhor dos
senhores, o Deus conosco, Aquele que era, que é e que há de vir. Ele é chamado
de a Porta das Ovelhas, o Bom Pastor, o Grande Pastor e o Supremo Pastor, o
Bispo das nossas almas. Ele é o Cordeiro sem defeito e sem mácula, o Cordeiro
imolado antes da fundação do mundo. Ele é a Palavra, a Luz do Mundo, a Luz da
Vida, a Árvore da Vida, a Palavra da Vida, o Pão que desceu do céu, a
Ressurreição e a Vida, o Caminho, a Verdade, e a Vida. Ele é o Deus Emanuel.
Ele é a Rocha, o Noivo, a Sabedoria de Deus, nosso Redentor. Ele é o Cabeça de
todas as coisas, o Amado em quem Deus tem todo o seu prazer.
-É Jesus Cristo todas essas coisas para você?
-Se Jesus representa todas essas
gloriosas verdades para você, então, seus joelhos se dobrarão e sua língua
confessará que ele é Senhor para a glória de Deus Pai.
Em segundo lugar, que o Pai seja glorificado pela exaltação do Filho.
Em segundo lugar, que o Pai seja glorificado pela exaltação do Filho.
-O fim último de todas as coisas
é a glória de Deus (1Co 10.31). Paulo há havia advertido contra o pecado da
vanglória (2.3).
-Toda a glória que não é dada a
Deus é glória vazia, é vanglória. Cristo se humilhou e suportou a cruz para a
glória de Deus (Jo 17.1).
-Ele ressuscitou e foi exaltado
para a glória de Deus (2.11).
Ralph Martin
sintetiza esse glorioso pensamento de forma sublime:
-O senhorio de Cristo não compete com o de Deus, nem a entronização do Filho ameaça a monarquia única do Pai.
-O senhorio de Cristo não compete com o de Deus, nem a entronização do Filho ameaça a monarquia única do Pai.
- Cristo rege para a glória de
Deus Pai. Sua soberania é dom do Pai (2.9).
Aquilo que ele recusou-se a
usurpar egoisticamente, num ato de enaltecimento próprio, destituído de
sentido, aprouve ao Pai conceder-lhe, agora.
-A última palavra é Pai, como que
para enfatizar que, agora, no Cristo pré-existente, encarnado, humilhado,
exaltado, Deus e o mundo estão unidos, e um novo segmento da humanidade, um
microcosmo da nova ordem de Deus para o universo, está nascendo (Ef 1.10).
CONCLUSÃO
-Toda a vida e obra de Jesus não apontam para sua glória pessoal, mas objetiva a glória de Deus.
-Toda a vida e obra de Jesus não apontam para sua glória pessoal, mas objetiva a glória de Deus.
-Jesus atrai os homens para si
para poder levá-los a Deus. Na igreja de Filipos havia alguns que tinham o
propósito de satisfazer suas ambições egoístas.
-Porém, o único propósito de
Jesus era servir a outros ainda que isso tenha lhe custado à maior de todas as
renúncias.
-Enquanto alguns membros da
igreja de Filipos queriam ser o centro das atenções, Jesus queria que o único
centro da atenção fosse Deus.
- Assim, também, o seguidor de
Cristo nunca deve pensar em si mesmo, senão nos demais; não deve buscar sua
própria glória, senão a glória de Deus.
Deus vos abençoe, Pr. Paulo Tomé
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Que Jesus vos ilumine e o Espírito Santo de Deus lhe dê sabedoria!