Novamente os homens naturais por não
saberem distinguir o certo do errado e por desconhecerem a vontade divina para
cada indivíduo, crucificam o Filho de Deus.
E, desta vez, com açoites, cravos,
coroa, espinhos e cruz diferentes.
Trata-se, em essência, de uma nova
modalidade de sofrimento elaborada pelos ateus e visa, ao contrário do
anterior, somente os aspectos moral e espiritual da vida do Salvador.
O patíbulo atual à pessoa de Jesus
tem sido delineado nos sofisticados laboratórios científico e nas melhores
bibliotecas do mundo, pelos mais afamados cientistas e escritores ateus, com o
objetivo de apagar dos corações crédulos o fervor e a confiança em Cristo.
É ridícula a maneira com que os
inimigos da cruz agem para ofenderem e desvalorizarem a pessoa de Jesus.
Coloca sobre sua cabeça uma coroa,
não a de espinhos, a fim de apresentá-lo distorcidamente como um revolucionário
proscrito, filósofo e até mesmo polígamo.
Os açoites, diferentes dos de Roma,
são hoje representados pelas palavras críticas e pérfidas dos materialistas,
constituindo-se numa indescritível tentativa de anular a autoridade do Filho de
Deus.
Por sua vez, a cruz idealizada pelos
céticos, tem como meta principal tornar o sacrifício expiatório de Jesus num
simples ato de represália por parte dos judeus e dos romanos, uma vez que Ele
teria morrido não por vontade própria, mas por conspirar contra Roma.
Por vezes, os apologistas de Judas
Iscariotes, audaciosamente, admitem que ele foi traído e não o traidor. Pois
dizem que, a priori, o discípulo teria sido designado para este ato infame,
traição, o qual teria que cumprir por determinação divina. Entretanto, tais
pensamentos e argumentos céticos são refutados tão logo comparados à luz da
Bíblia Sagrada.
Porque Deus não criou o homem para
ser um autômato nem tampouco para um ato tão indigno como o de Judas; mas, pelo
contrário, deu-lhe (ao homem) “livre arbítrio”, ou seja, total liberdade para
extrapolar seus pensamentos e decidir sobre seu próprio destino.
No caso de Judas, por exemplo, ele
mesmo escolheu o seu caminho para a morte. Porque mesmo tendo praticado o
indigno ato de traição, seria perdoado se arrependesse; mas preferiu
suicidar-se, como é do nosso conhecimento.
Os novos “soldados romanos” e os
atuais “fariseus” têm empunhado suas espadas e seus equipamentos de tortura, a
saber, filosofia, neoteologia, misticismo, sensacionalismo, parapsicologia,
reencarnação etc., para ridicularizarem e difamarem a pessoa do Salvador.
Tentam retificar, por influência
satânica, o milagre do túmulo vazio, desmentindo a veracidade do mesmo; pois,
conseguindo isto estarão de fato atingindo o alvo desejado – dilapidar a
divindade de Jesus.
Esses partidários da frente demolidora de Cristo constituem-se os piores inimigos da cruz. Eles, através da ciência, da moderna teologia, do materialismo, procuram colocar em dúvida todos os milagres realizados por Jesus, situando-os na área do fanatismo religioso e das intermináveis hipérboles usadas pelos escritores dos Evangelhos.
De fato, os céticos não medem esforços, para conseguirem seu intento: colocar em descrédito a dupla natureza do Filho de Deus, isto é, a
divina e a humana.
Dizem que a mente humana não comporta
tal grau de percepção para assimilar tão esquisita teoria. Entretanto, as
Escrituras explicam, de forma simples e profunda, as duas naturezas de Cristo. Observem abaixo:
Como homem, sujeitou-se ao batismo
de arrependimento ministrado por João; como Deus, nunca teve que se arrepender,
pois mesmo como homem foi infalível;
Como homem, era filho de mulher;
como Deus, é o Unigênito Filho de Deus.
. Como homem, teve sede; como Deus, é
a “Água da vida”.
. Como homem, teve fome; como Deus, pôde dizer: “Eu sou o Pão da Vida” (Jo 6.36).
. Como homem, pagou tributo; como Deus, era o Senhor do reino espiritual (Jo 18.36).
. Como homem, sentiu cansaço; como
Deus, lançou o convite universal: “Vinde a mim todos os que estais cansados e
oprimidos e eu vos aliviarei” (Mt 11.28).
. Como homem, Ele chorou; como Deus,
consolou muitos corações aflitos e angustiados (Lc 7.13).
. Como homem, teve mãe, mas nunca
teve pai; como Deus, teve Pai, mas nunca teve mãe.
. Como homem, morreu; como Deus,
venceu a morte pela ressurreição (1 Co 15.20).
. Como homem, levou os homens a Deus; como Deus, trouxe Deus aos homens.
Os ataques à pessoa de Jesus Cristo continuam sem
trégua. Porém, ai daqueles que procuram, em vão, ridicularizar o nome de
Cristo.
Poderão tentar negar sua divindade, contestar seu
poder, descrer de sua ressurreição, pregar sua inexistência, desprezá-lo como
um fantasma, insultá-lo como um “médium espírito”, filosofar sobre Ele como um
mito aceitá-lo como simples mestre humano, desvirtuar suas palavras, para
sustentar suas opiniões, perverter seus ensinos e menosprezar seu sangue
precioso, mas quando tudo isto tiverem feito não terão ainda removido sua
dificuldade, pois Jesus Cristo, o Rei, vive à destra de Deus.
Herodes não o pôde matar, satanás não o pôde
seduzir e nem o destruir, não conseguiu retê-lo na sepultura, contudo, ei-lo
exaltado no mais alto pináculo de glória celeste, proclamado por Deus,
reconhecido pelos anjos, adorado pelos santos e temido pelos demônios como um
Cristo vivo, corpóreo, magnífico e poderoso.
Deus vos abençoe,
Pr. Paulo Tomé
MARANATAH!
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Que Jesus vos ilumine e o Espírito Santo de Deus lhe dê sabedoria!