sábado, 25 de julho de 2015

[Tema] - Na Fidelidade da Mulher Cristã, Deus Cumpre Seus Propósitos


 Rispa

A que foi fiel e acabou honrada

Texto Bíblico: 2 Samuel 21:1 a 14

A história desta mulher, de nome Rispa, é uma história muito triste. Mas embora não tenha tido um final que poderíamos chamar de ‘feliz’, foi um final de honra que ainda hoje nos traz ensinamentos.

Podemos entender no texto bíblico que lemos que seus únicos filhos foram entregues para serem executados por causa dos pecados antes cometidos pelo pai de ambos, o Rei Saul – que nesta época já estava morto.

Não vamos discutir aqui as formas do povo de Deus lidar com o pecado antes de Jesus ter vindo ao mundo para morrer por nós.

O que precisamos saber é que naquela época, quando Rispa vivia, a humanidade estava debaixo da Lei, e não da graça, e por isso a remissão dos pecados só vinha através de sacrifícios.

Além disso, os povos viviam em guerra para conquistar territórios e obter domínio – inclusive o povo de Israel, já escolhido por Deus como nação santa.

Mas era uma época em que havia também muita rebeldia, paganismo, crueldade e ao mesmo tempo, provisão do Senhor para seu povo quando estes se arrependiam e o buscavam de todo coração.

 Quanto às mulheres, elas tinham poucos direitos e quase nenhum poder de opinar ou agir.

Davi, já coroado rei, enfrentava seca e fome em seu Reino.

 Como homem de Deus, consultou o Senhor e Ele lhe revelou o motivo: o não cumprimento de um voto de seu antecessor, o Rei Saul, que, sanguinário, tentou exterminar os gibeonitas, que não eram israelitas, mas, tinham um acordo de paz com o povo de Israel.

Como forma de quebrar a maldição que sobreveio sobre seu reino por conta dessa violação, Davi e os gibeonitas decidiram executar sete descendentes de Saul – entre eles, os dois únicos filhos de Rispa.

Assim feito, a Bíblia relata que essa mãe ficou dias, talvez meses, velando o corpo dos filhos, que não receberam um funeral de respeito, como era costume na época.

Ela não podia fazer nada por eles nesse sentido, mas seu amor de mãe não admitia que os corpos dos filhos servissem de alimento para aves e animais.

Então ela ficou lá, dia e noite, zelando por eles. Durante esse tempo, o castigo sobre Israel terminou – pois começou a chover sobre a terra seca – e o Rei Davi acabou sabendo da atitude de Rispa.

Então ele mandou buscar os ossos de Saul e Jonatas, que estavam enterrados fora do Reino, e juntou-os aos corpos dos que foram executados, inclusive os filhos de Rispa, e deu a eles um lugar de honra, enterrando-os num túmulo próprio.

Para nós isso pode não ter muito significado, mas para Rispa, foi uma vitória, afinal, era seu último feito como mãe: conseguir um destino honrado para os corpos de seus filhos.

A perseverança de Rispa nos encoraja, em primeiro lugar, a não desistir diante das dificuldades, mesmo que nossa dor seja tão severa quanto a dor da morte de alguém que amamos.

Por amor e por um desejo ardente de fazer o que era certo – naquele caso, dar um enterro digno aos filhos – ela suportou dias de sol e calor, noites de frio e escuridão.

Até que alguém com autoridade viu e honrou seu gesto. Sua fidelidade foi recompensada.

Da mesma maneira, Deus deseja que sejamos fiéis ao que é certo e àqueles que amamos.

Mesmo que venham dias difíceis. No final, Ele irá honrar nossa atitude de serva.

Se alguém lhe diz para desistir do seu casamento porque você está sofrendo, lembre-se do que é certo aos olhos de Deus: “Pois eu detesto o divórcio, diz o Senhor...” (Malaquias 2:16); “Todo aquele que repudia sua mulher e casa com outra, comete adultério, e quem casa com a que foi repudiada pelo marido, também comete adultério.” (Lucas 16:18)

Se alguém lhe incentiva a cometer delitos e fraudes nos negócios “porque todos fazem isso”, lembre-se do que é certo aos olhos de Deus: “O que usa de fraude não habitará em minha casa; o que profere mentiras não estará firme perante os meus olhos.” (Salmos 101:7);“Ficarão de fora os feiticeiros, os adúlteros, os homicidas, os idólatras, e todo o que pratica a mentira” (Apocalipse 22:15).

Se há coisas que biblicamente são imorais mas a sociedade atual quer impor sobre a sua vida como sendo conceitos ultrapassados, lembre-se do que é certo aos olhos de Deus: “Não vos conformeis (não aceite como normal) com este mundo (o ‘sistema’ deste mundo), mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento (mente)...” (Romanos 12:2).

Em toda e qualquer situação, procure agir de acordo com a vontade Deus e Sua Palavra.

Espere confiantemente e a honra virá sobre você e sua casa.

Em segundo lugar, Rispa nos mostra que nem sempre a vontade de Deus é a nossa.

Se ela pudesse escolher, com certeza não entregaria seus filhos. Mas li uma ilustração bem interessante que diz assim:

“Certo dia, um homem e seu filho avistaram de cima de uma montanha a destruição de uma cidade. Homens, mulheres e crianças foram mortos. Alguns tinham entregue suas vidas a Jesus. Lá do alto, o homem então disse: ‘Ah, se eu fosse Deus!”. O menino perguntou: ‘Se o senhor fosse Deus não permitiria tal coisa?’ E o pai respondeu: ‘Não, se eu fosse Deus eu compreenderia...”.

Muitas vezes nos desgastamos questionando aquilo que acontece a nossa volta e que, aos nossos olhos, deveria ter sido diferente.

Mas lembre-se que há um Deus Todo Poderoso cuja vontade é boa, perfeita e agradável, e que, quando nos vê tomados de aflição ou caídos numa armadilha, faz questão de vir ao nosso socorro e reverter a situação, transformando maldições em bênçãos e morte em vida!

Os propósitos de Deus são maiores que os nossos. 
No caso dos filhos de Rispa, a nação de Israel foi salva daquele momento desesperador, pois o castigo cessou e a maldição foi anulada.

E como hoje, naqueles dias, tudo era consequência dos pecados. Deus nunca desejou nosso sofrimento.

Não se rebele contra Ele quando acontecerem coisas na sua vida ou à nossa volta – como tragédias, guerras e assassinatos - que são resultado do mundo pecaminoso e sem Deus que vivemos. Pelo contrário: tome posição e lute com todas as suas forças para fazer o que é certo a fim de que sua família, nossa cidade e nosso país sejam transformados, guardados e salvos.

Deus quer usar você e eu para mudar a história. Está disposta a pagar o preço?




Débora
Uma mulher “poderosa”!
(Texto Bíblico: Juízes 4)

Débora com certeza foi uma mulher à frente do seu tempo. Ela era juíza e profetisa numa época em que as mulheres não eram assim tão valorizadas. A Bíblia nos conta que ela era casada com Lapidote e seu “Tribunal” ficava debaixo de uma palmeira, entre Rama e Betel. Os juízes antigos julgavam as questões do povo junto às portas das cidades ou num lugar público e determinado, e todos iam levar as suas queixas e receber as decisões, que eram inapeláveis. Tudo era muito simples, mas de qualquer maneira, vemos ali uma mulher feita juíza em Israel – um cargo governamental de extrema importância para a nação. 
O trecho bíblico que relata a existência e a ação de Débora conta que Jabim, rei de Canaã, e seus aliados, estavam oprimindo as tribos do norte. Então ela chama Baraque e lhe pergunta a respeito dos negócios de Israel. Baraque era da zona atingida pelos ataques. Quando ele demonstra estar sem expectativas quanto ao que fazer para mudar a situação, ela lhe dá uma ordem, em nome de Deus: “Vai, atrai gente ao monte Tabor e toma contigo dez mil homens dos filhos de Naftali e dos filhos de Zebulom; e atrairei a ti Sísera, chefe do exercício de Jabim, e com os seus carros e com as suas tropas, o entregarei na mão. (...) E Baraque respondeu: Se tu fores comigo, irei!”. Claro que ela foi, e aquela vitória garantiu quarenta anos de paz em Israel. 
Débora era uma mulher como nós. Sabemos que era casada e combinava seu chamado de Profetisa com a autoridade de ser Juíza. Além disso, era uma mulher equilibrada e corajosa mas também sensível e poetisa, características que observamos no cântico de sua autoria relatado em Juízes 5. Porém, a principal virtude de Débora era ser temente a Deus num mundo corrompido e pecaminoso: naquele tempo, o povo de Israel já havia se acostumado a um ciclo vicioso de rebeldia (serviam a Deus – caíam na idolatria – eram escravizados – clamavam a Deus – eram libertos – serviam a Deus – recaíam na idolatria…). O povo vivia um declínio espiritual e moral, mesmo após estarem estabelecidos na terra prometida.
Com esta mulher de Deus podemos aprender várias coisas:
1º: Se agimos com sabedoria, Deus nos colocar em lugares altos. Débora era esposa, mas Deus a colocou num cargo de autoridade até então só exercido por homens, onde ela aconselhava sobre tudo, inclusive, estratégias de Guerra. Julgava e tomava decisões para homens e mulheres. Era mediadora e consultora sobre qualquer assunto. Como ela poderia fazer isso se não fosse uma mulher sábia? E como ela seria considerada uma mulher sábia se não fosse uma boa esposa? Creio que não é a toa que a Bíblia relata que era casada com Lapidote, que quer dizer “Trovão”. Com certeza, pelo significado do seu nome, ele não era daqueles homens que deixaram de exercer seu sacerdócio no lar e por isso a mulher tomou a dianteira. Pelo contrário, quero crer que ele mesmo a abençoou para exercer seu cargo porque via na esposa tanta sabedoria que achava desperdício não compartilhar isso com o povo!
Algumas mulheres serão chamadas para exercer cargos importantes e poderão ser reconhecidas por suas capacidades de liderança e estratégias empresariais ou de negócios. Mas nunca se esqueça que nosso primeiro grande empreendimento é a nossa família. Seu sucesso no trabalho não será completo e não te fará realizada se dentro de casa você se ver como um fracasso. Dê mais valor aos elogios da sua família do que aos do mundo, pois são seus filhos, marido, mãe, pai e irmãos que convivem com você e sabem como você realmente é diante das crises, das aflições, dos problemas, do cansaço e dos dias de festa. Se eles disserem que você é uma mulher de Deus, acredite! Se não disseram ainda, preocupe-se em agir de maneira que eles possam ver em você a Glória e o agir do Senhor. Quando você cumprir bem seu papel de mulher outorgado por Deus, aí sim Ele mesmo dará a você novos e grandes desafios.
2º: Se estamos dispostas a obedecer, Deus nos honra. Além de incentivar Baraque para a guerra, Débora concordou em acompanhá-lo até o lugar da peleja. Aqui vemos sua disposição, coragem e Fé. Havia grandes obstáculos a vencer, porém, ela via Deus mais forte que eles. Os que confiam no Senhor olham para o Seu poder, e não para o exército inimigo ou os obstáculos. Débora foi ativa na batalha dando a estratégia e o sinal na hora do ataque. Ela não teve medo pois sabia que estava cumprindo uma ordem de Deus e Ele jamais a deixaria na mão. Quando alcançarmos esse nível de Fé, pagaremos qualquer preço para cumprir a vontade do Senhor. E o final, com certeza, será um lugar de honra na presença Dele. É promessa. Então, creia. Páre de temer e faça aquilo que Deus te mandar. Esse é o primeiro passo para alcançar a vitória.
3º: Coração grato nos fará mulheres inesquecíveis. Débora reconheceu o agir de Deus e o glorificou por todos os seus feitos através de um cântico. Ela reconhecia a Ele como sendo o segredo de suas conquistas. Atribuiu a Ele a glória e a vitória. Nunca se esqueça de louvar a Deus diante de uma conquista. Não deixe sua alma atribuir a você algum tipo de glória pelo sucesso de seus empreendimentos. Reconheça que sua capacidade e sua força estão em Deus, e assim, essa fonte de sabedoria e poder jamais se esgotarão na sua vida! O cântico de Débora ficou gravado para sempre. Que o meu e o seu louvor a Deus também produzam alegria e esperança a todos aqueles que nos cercam! 
Deus quer nos fazer mulheres marcantes, cheias de poder do Espírito Santo. Débora ficou conhecida como “mãe” de Israel porque lutou com todas as forças para a salvação daquele povo. Fez aquilo que qualquer mãe faria por seus filhos. Somos mulheres e temos força e garra dadas pelo nosso Criador. Hoje Deus nos chama para sermos “poderosas”, mas não de acordo com o sistema desse mundo. Nosso poder não está no dinheiro, no trabalho, na beleza, na elegância, no corpo, no cabelo ou nas roupas. Está no Senhor dos exércitos que nos diz:“Desperte, Débora, Desperte!” (Juízes 5:12).
Estudo 3: Miriã
"Falha, mas ainda assim, adoradora!"
(Leitura: Êxodo 15: 20 e 21; Números 12: 1 a 14)

Todas nós já ouvimos falar de Miriã, a irmã de Moisés. Ela aparece na história do povo de Deus em momentos importantes e é citada na Bíblia em várias ocasiões.

Miriã foi uma mulher que com certeza desde cedo aprendeu a andar nos caminhos do Senhor. Ela fazia parte do povo hebreu, o povo de Israel que foi libertado da escravidão do Egito. Foi ela quem levou o cesto com seu irmão Moisés, ainda bebê, para o Rio Nilo, e sugeriu a princesa que o encontrou para que o levasse a uma mulher hebréia a fim de amamentá-lo, dando assim oportunidade da sua mãe ficar perto do filho. Esta é a primeira vez que ouvimos falar da moça. Mas talvez o episódio da vida de Miriã que mais comentamos é a celebração que ela fez após o milagre da travessia no mar Vermelho: ela dançou com seu tamborim e adorou a Deus pelo grande livramento que Ele havia lhes concedido. Porém, uma outra citação sobre Miriã que temos na Bíblia não é assim tão festiva e nem um pouco agradável. Deus a repreendeu porque junto com seu outro irmão, Arão, ela estava murmurando e reclamando. Ela se tornou leprosa e precisou ser excluída do acampamento do povo de Israel por sete dias – fato que era sinal de vergonha e impureza naquela época.

Miriã era profetisa. Ela ajudava seu irmão na condução do povo pelo deserto em direção à Terra Prometida. Imaginemos então que era uma mulher que tinha dons, talentos, temor a Deus e era instrumento nas mãos Dele. Nos dias de hoje, seria uma líder, profeta, adoradora... uma “mulher de Deus”. Mas e quanto à repreensão dura de Deus que lhe aconteceu já na sua velhice? Isso nos revela que embora fosse uma mulher abençoada, Miriã também tinha seus defeitos, como eu e você. Se estudarmos a passagem por inteiro, veremos que na verdade Miriã e Arão estavam usando o casamento do irmão como pretexto para critica-lo. Pareciam preocupados, mas na verdade, estavam com sentimentos indignos de verdadeiros profetas, como ciúmes, por exemplo. Talvez até porque, um pouco antes do texto que lemos, vemos que Deus operou através da vida de Moisés e assim deu poder a 70 autoridades do acampamento do povo de Israel para profetizarem (Até então, os profetas era apenas Miriã, Arão e Moisés). Durante a crítica ao irmão, Miriã e Arão agiram como se ele fosse arrogante, mas fica claro nos versículos seguintes que isso não era verdade. Ou seja, o castigo de Deus caiu sobre ambos porque eles estavam agindo com imaturidade e rebelião contra aquele que Deus havia escolhido para ser o líder do povo, o único homem da história da humanidade com quem Deus falava “face a face”.

Com tudo isso quero te desafiar no estudo de hoje a ser uma mulher que adora sempre, independente das circunstâncias ou de quem somos. E uma mulher que adora não apenas com danças e louvores, mas também com palavras, atitudes e pensamentos.

Em 1º lugar, lembre-se de adorar mesmo quando as coisas não acontecem como você imaginava. Miriã adorou a Deus nos momentos de livramento e milagres, mas bastaram alguns anos no deserto para que seu coração se corrompesse. Será que muitas vezes não agimos assim? Enquanto Deus nos presenteia com bênçãos, temos coração grato, mas basta um dia de aflição para que a nossa fé caia por terra e comecemos a reclamar e duvidar da presença de Deus nas nossas vidas. Nunca se esqueça que só o povo de Deus passou pelo deserto. Se você está enfrentando lutas e dificuldades, não desista, não blasfeme. Prossiga firme e confiantemente. Deus te guiará até o oásis mais próximo. Faça do deserto uma escola, e ali mesmo, amadureça, adorando e louvando a Deus.

Em 2º lugar, cuidado com o orgulho. Qualquer tipo de poder que nos é dado, pode nos corromper. Se Deus tem usado sua vida – e com certeza é desejo e plano Dele usar todas nós – glorifique-o por isso. Você pode se alegrar por ser usada para abençoar a vida de alguém, mas não faça disso um troféu. Não aproveite do seu cargo superior na empresa ou até mesmo na Igreja para achar-se suficiente e pronta. Todas nós precisamos do trabalhar de Deus nas nossas vidas todos os dias. É verdade que umas caminham mais rapidamente em direção ao alvo e com isso se sobressaem. Mas todas temos a mesma oportunidade. Então, ore para que sua família, suas amigas e colegas de trabalho sigam junto com você e também prosperem em tudo, para honra e glória do Senhor. Há lugar para todos nesse mundo. Há lugar para todos no Corpo de Cristo. Chega de egoísmo e orgulho. Avalie se você é daquelas que fica muito triste quando acontece uma desgraça na vida da sua amiga mas acaba “morrendo de inveja” quando acontece algo muito bom a ela, como por exemplo, aquela promoção profissional que você tanto queria... Infelizmente, ao ser humano, é muito mais fácil chorar com os que choram do que se alegrar com os que se alegram. Cuidado com a inveja.

Em 3º lugar, submeta-se às autoridades que Deus estabeleceu sobre sua vida. Se você é casada, sua autoridade primeira é seu marido. Não importa o que você acha e nem se concorda ou não. A Bíblia (ou seja, DEUS) é quem diz isso. Você deve amar e submeter-se ao seu esposo independente das falhas dele. Lembre-se que submissão não é escravidão, é proteção: Deus colocou alguém na sua vida para estar à frente na linha de combate. Comece a valorizar seu marido, apoiar as decisões dele, encoraja-lo. Você verá que isso pode transforma-lo no homem dos seus sonhos! É plano de Deus, e a vontade de Deus é boa, perfeita e agradável!

Mas além do marido, todas temos outras autoridades acima de nós. Pode ser seu patrão, seus pais, seus Pastor, o Prefeito, nossa Presidente da República ou todos eles! Autoridade, no dicionário, é todo aquele a quem devemos obedecer. No conceito Bíblico é a mesma coisa, mas, sempre que o povo obedecia alguém, o fazia por convicção de que ele seria a voz de Deus naquele momento, ou seja, eles estariam obedecendo ao próprio Deus em primeiro lugar. Feito isso, homens e mulheres usados por Deus ordenavam coisas que, cá entre nós, pareciam loucura: Moisés mandou o povo atravessar o Mar Vermelho e seguir adiante pelo deserto. Josué garantiu que marchando em volta de uma cidade as muralhas cairiam. E por aí vai... ordenanças aos nossos olhos humanos, “duvidosas”... Mas sabe porque duvidamos? Porque precisamos aprender a andar no sobrenatural de Deus e mais do que isso: precisamos confiar nas autoridades por Ele impostas. No entanto, só conseguiremos fazer isso quando orarmos mais por essas pessoas a quem devemos submissão. Se você ora constantemente pelo seu marido, pode crer que as decisões que ele tomar são as que Deus está mandando. Se ora pelo seu pastor, pode acreditar que Ele é a voz de Deus na sua igreja. Se em lugar de reclamar do seu patrão você orar por ele, ele será mais abençoado e quanto mais abençoado, melhor patrão ele se tornará. O povo de Israel era um povo falho e que muitas vezes caia em desobediência. Mas uma coisa é certa: quando eles obedeciam, Deus agia.

Chegamos então à conclusão de que Miriã foi falha, mas foi uma mulher poderosamente usada por Deus – desde a sua juventude até a sua velhice. Alguns autores acreditam que quando aconteceu a travessia do Mar vermelho ela já tinha cerca de 85 anos – e ainda assim, vibrou e dançou na presença do Senhor! Também existem algumas considerações relevantes a respeito da importância dela na vida de Moisés, talvez como conselheira sábia e mulher virtuosa, pois, foi após a morte dela que Moisés começou a perder a paciência com o povo e, irado, cometeu o erro que fez com que ficasse de fora da terra prometida.

Podemos aprender com erros de Miriã para não os cometermos. Mas também podemos aprender com as atitudes corretas que ela teve: obedeça a Deus, celebre-o sempre, coloque-se a disposição do Reino e seja usada pelo Senhor – mesmo sendo imperfeita e independente da sua idade! Também aceite as conseqüências dos seus atos e tenha certeza que o perdão de Deus está à sua disposição. Sim, porque Miriã não ficou leprosa para sempre. Embora tivesse que sofrer a disciplina e as conseqüências do seu pecado ficando sete dias fora do acampamento, ela voltou para o meio do povo como uma mulher perdoada. E muitos anos depois ainda foi lembrada pelo profeta Miquéias como líder do povo de Israel junto com seus irmãos Arão e Moisés. Com certeza, ela marcou sua geração. Vamos marcar também? 






ESTUDO 9: ABIGAIL
A pacificadora
(Texto Bíblico: 1 Samuel 25:3)

Há pessoas que são especialistas em contruir muros: vivem erguendo barreiras entre aqueles com os quais convivem, trabalham, estudam, congregam. Fazem isto promovendo discórdias, semeando contendas, espalhando fofocas, denegrindo a imagem de outro, inventando histórias. Não é sem razão que, de um modo geral, tantas crises façam parte das relações humanas. Mas hoje vamos ler sobre uma mulher que era especialista em construir pontes. O seu nome? Abigail. Além de linda, ela era sábia e usou essa sabedoria para construir uma ponte entre Davi e Nabal, o seu marido.

Logo depois do sepultamento de Samuel, Davi partiu e desceu de Parã, região desértica e inóspita. Desse lugar, soube que Nabal estava cortando a lã das suas ovelhas, num vilarejo chamado Carmelo. Esse pecuarista, extremamente poderoso e próspero, descendente do famoso Calebe, era casado com Abigail, uma mulher muito linda e muito gentil. O tempo da tosquia era um tempo de mostrar hospitalidade e generosidade, quando os envolvidos eram servidos com muita comida e bebida. Sendo assim, esta era a ocasião certa para Davi pedir uma ajuda a Nabal. Foi o que fez. Enviou a Nabal dez homens, com o objetivo de solicitar-lhe ajuda material para suprir as necessidades daqueles que o acompanhavam. Davi e os que o seguiam nunca tiveram contato pessoal e direto com aquele homem abastado. Mas, em outro tempo, em campo aberto, tiveram contato com aqueles que pastoreavam o seu rebanho. Nessa época, Davi e o seu bando – formado, na maioria, por pessoas endividadas, insatisfeitas, empobrecidas – poderiam ter atacado os pastores e roubado o rebanho de Nabal. Mas fizeram exatamente o contrário: foram como um muro ao redor deles, protegendo-os e ajudando-os contra possíveis ataques de ladrões violentos e animais ferozes do deserto. O pedido de Davi, portanto, era razoável. Ainda hoje, esta espécie de “preço de proteção” é regularmente arrecadado pelos beduínos, nas fronteiras entre as terras desérticas e as terras cultivadas.

Ao chegarem à presença de Nabal, os homens enviados fizeram uma abordagem altamente diplomática e civilizada. Fizeram exatamente conforme a orientação de Davi. Mas foram tratados com desprezo por Nabal, cujo nome significa “estupidez e insensatez”. Davi ficou grandemente indignado com aquele tratamento desrespeitoso e convocou, imediatamente, quatrocentos homens bem armados com afiadas espadas para subirem ao encontro daquele homem a fim de matar a ele e toda sua casa.

Nesse meio tempo, um dos servos de Nabal correu para avisar Abigail sobre o que havia acontecido. Ele viu que o patrão agiu grosseramente e imaginou que o pior poderia acontecer. Provavelmente, sabia que Abigail era cheia de sabedoria e faria algo para consertar essa história. E fi exatamente o que ela fez. Agiu com extrema prudência, apaziguo o coração de Davi, pediu perdão e o fez reconhecer que a vingança não era a melhor decisão naquele momento. O Espírito de Deus tomou as palavras de Abigail como espada afiada e atingiu o coração de Davi. O valente guerreiro ficou profundamente comovido. Ele passou a pesar todos os acontecimentos, consultar a consciência, considerar o preço daquela decisão pecaminosa, pensar no futuro. Davi, então, voltou atrás no seu voto. O verdadeiro Davi, então, reapareceu. Ficou tão grato que louvou a Deus por aquele encontro, fruto não da casualidade, mas, sim, da providência divina: "Bendito o SENHOR, Deus de Israel, que, hoje, te enviou ao meu encontro". Diante de tão grande livramento – pois essa atitude vingativa desagradaria a Deus e desonraria seu nome - Davi agradeceu a Deus e a Abigail (I Sm 25:33-35).

Após cumprir a sua missão de paz, "voltou Abigail a Nabal" (I Sm 25:36a). Essa volta de Abigail para o marido é incrível. Ela não estava voltando para um marido generoso, carinhoso, tranqüilo, mas para um marido mesquinho e grosseiro. Abigail, porém, não o abandonou, mas retornou para ele. Ela teve a chance de fugir com Davi, mas não fugiu. Ao chegar a sua casa, Abigail se deparou com um banquete suntuoso e um marido embriagado. Ela logo notou que aquela não seria a melhor ocasião para conversar com ele – mas uma vez, foi sábia – e pela manhã, contou a Nabal tudo que havia ocorrido. Qual foi a reação de Nabal? "Ele teve um ataque e ficou completamente paralisado" (I Sm 25:37b – NTLH). Dez dias após, "feriu o SENHOR a Nabal, e este morreu" (I Sm 25:38). Como Abigail havia dito, Deus cuidou da causa de Davi. Ao saber disso, Davi, novamente, louvou a Deus, dizendo: "Ele me vingou de Nabal, que me insultou. E assim livrou este seu servo de fazer o mal. O SENHOR castigou Nabal por sua maldade" (I Sm 25:39a – NTLH). Depois disso, "mandou Davi falar a Abigail que desejava tomá-la por mulher" (I Sm 25:39b). Abigail aceitou e se apressou em partir para junto dele (I Sm 25:40-42).

O senso de urgência de Abigail fica evidente na narrativa. Assim que soube das resoluções do coração de Davi, Abigail apressou-se para apaziguá-lo e pacificá-lo. Uma tragédia foi evitada! Talvez você conheça alguém que tenha resolvido nunca mais pôr os pés na igreja, que tenha resolvido abandonar o cônjuge, que tenha resolvido vingar-se de alguém, que tenha resolvido entregar-se às aventuras da carne... Mas não fique inerte e imóvel diante disso. Mova-se! Não seja vagarosa! Trilhe o caminho da pacificação. Inicie-se na arte de pacificar conflitos. Deus pode usar você para ajudar alguém a revogar uma decisão que poderia trazer remorso, angústia e tristeza. "Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus" (Mt 5:9).

Abigail não tinha somente senso de urgênciamas tinha senso de prudência. A sua prudência pode ser vista, principalmente, no seu jeito de falar. Seis vezes chamou a si mesma de “tua serva” e oito vezes chamou a Davi de “meu senhor”. A sua fala era humilde e tranqüila. Não foi à toa que Davi a louvou. Há mulheres que não sabem falar sem elevar o tom da voz. Mas é só por meio da prudência e com mansidão que conserta-se um conflito.

Abigail também sabia que a verdadeira Justiça vem de Deus. Na hora em que ouviu dizer que Davi queria matar o seu marido, Abigail poderia ter dito: “Pode matar o meu marido. É o que ele merece”. Mas não disse. Ela deixou Deus fazer a justiça na hora certa e do modo certo! Por favor, preste atenção: sempre que você perceber que não pode fazer mais nada, espere pelo Senhor: Só Deus pode gerar justiça, e ele nos convida a sermos seus parceiros no que se refere a causas que nos envolvem ou que envolvem outras pessoas. Coloque a injustiça sofrida diante de Deus, que a tomará como uma causa Dele. Deixe-se instruir por Ele sobre os caminhos a serem seguidos. Quando você faz o que é certo, Deus cuida de encaminhar as situações da melhor forma.

Deus quer que você seja um pacificadora, alguém que atua restaurando e fortalecendo relacionamentos.

Peça-lhe autocontrole para neutralizar a gritaria com palavras suaves; para responder às ameaças com tranqüilidade; para falar claramente, sem usar de sarcasmo; para não fazer intrigas; para não ser uma permanente alimentadora de fofocas e não fomentar contendas; para ser uma melhor ouvinte e uma melhor observadora.

Seja uma pacificador ativa; construa pontes de aproximação. O pacífico deseja a paz, mas o pacificador promove a paz. Uma mulher pacificadora encoraja à reconciliação e estabelece o entendimento. Assim, valorize os relacionamentos e esforce-se, ao máximo, para mantê-los em paz, pois isso é bíblico. (Rm 12:18; Ef 4:3).

A recompensa pelo seu esforço, com certeza, será boa. No caso de Abigail, ela acabou se casando com o Rei Davi! Da mesma maneira, Deus tem tesouros para você. Creia nisso, e viva em Paz! 




Estudo 4: Ana & Penina
Mulheres 'rivais' 
(Leitura: I Samuel 1: 1 a 20)

A partir de hoje vamos tirar algumas lições da vida de Ana, a mãe de Samuel. Mas num primeiro momento quero chamar sua atenção para a rivalidade que havia entre ela e a outra esposa de seu marido, Penina.

Naquela época a poligamia era aceitável diante de Deus e das leis humanas. Um homem podia ter várias esposas principalmente para ter muitos filhos, e assim, perpetuar sua geração. Por causa disso, ser estéril era considerado uma desgraça, principalmente para as mulheres. Até então, a sociedade as via como geradoras de filhos, apenas isso. Não tê-los as fazia inúteis e desvalorizadas.

Isso fazia de Ana uma mulher depressiva. Por não conseguir engravidar, ela viveu fases da sua vida em que não comia, não bebia e deixava a tristeza tomar conta do seu coração. Enquanto isso, a outra esposa, que era mãe de filhos de Elcana (o marido), fazia questão de provoca-la. A rivalidade entre as duas era real. Penina se alegrava mais com o fato de provocar Ana do que com a benção de ser fértil. Ana, por sua vez, se entristecia tanto por ficar “atrás” da rival que não percebia que seu marido a amava mesmo não tendo filhos dela.

Qual o verdadeiro motivo da sua alegria ou da sua tristeza hoje?

Muitas vezes, as motivações do nosso coração são erradas, e isso nos faz criar situações de rivalidade com várias pessoas. Se não aprendemos a viver em contentamento com aquilo que temos, valorizando cada dádiva que o Senhor nos dá, vamos sempre ser mulheres invejosas e o pior – que sofrem por querer aquilo que a outra tem. A inveja e o desejo de querer sempre ter mais nos impedem de olhar para o bem que já possuímos. E é por isso que muitas mulheres se tornam depressivas e infelizes.

É muito comum encontrarmos mulheres “rivais”. Muitas vezes, isso não é exposto, mas no coração, uma deseja o mal da outra e “torce” para que ela não prospere. Com já dissemos antes, é como na Parábola do Filho Pródigo, em que o irmão mais velho se entristeceu com o sofrimento do pai mas foi incapaz de ficar feliz como ele quando seu irmão voltou - porque teve inveja da festa que o pai promoveu.

Vivemos num mundo altamente competitivo. As crianças já aprendem na escola que precisam ser melhores que os coleguinhas se quiserem passar no vestibular. Entre nós, mulheres, queremos ser mais magras que a vizinha, ter um carro mais bonito, ter mais dinheiro e ser líder das outras. Mas lembremo-nos: esse mundo competitivo é o mundo pecaminoso, que jaz no maligno. O propósito de Deus é que nos amemos uns aos outros, sabendo que cada um tem um papel importante no Corpo de Cristo, do menor ao maior. Não podemos deixar que os valores mundanos guiem nossa vida e estabeleçam nossas posturas diante dos compromissos do nosso dia a dia. Se você é patroa, não se irrite quando seu funcionário desejar prosperar. Se você é mestre, alegre-se quando seu discípulo assumir seu posto. Isto é sinal de missão cumprida e Deus não irá te deixar na mão. Pelo contrário, Ele colocará você num novo patamar, trazendo outras pessoas para estarem sob seus cuidados.  Um ciclo se fecha, um novo abre. É sempre assim para aqueles que estão em Cristo Jesus.

Precisamos reconhecer que não somos mais valiosas que essa mulher que está aí ao nosso lado. O Senhor nos ama a todas, igualmente. Não importa se somos mais ou menos “pecadora” que a outra. Talvez estejamos vivendo momentos diferentes, umas de mais alegria, outras de luta, outras de tristeza. Mas isso não nos faz melhores ou piores que ninguém. Sabe o que faz a verdadeira diferença? Nosso comportamento diante das circunstâncias. Você pode ser como Penina e se tornar uma mulher arrogante por ter sido abençoada por Deus; pode ser como Ana, que num primeiro momento não conseguiu enxergar o amor suficiente do marido por estar em “competição” com a rival; ou como Ana, quando já cansada de lutar sozinha decidiu derramar-se ao pés do Senhor e encheu seu coração de gratidão.

Se você for uma mulher que se preocupa apenas com a vida dos outros, vai se tornar amarga e infeliz. Se “adora” uma fofoca, isso também é sinal que deseja o mal para as outras pessoas – e lembrando, fofoqueira não é apenas quem espalha as más notícias, mas também quem fica dando ouvidos a ela.

Já é tempo de acabarmos com esse estigma de que “mulher é assim mesmo”.  Sogra e nora estão sempre brigando pela atenção do filho ou do marido? Filhas brigando pela herança dos pais? Mães brigando para que seus filhos tenham o melhor papel no teatrinho da escola? Colegas trapaceando por uma posição no trabalho? Amigas disputando a amizade de uma terceira amiga? Mulheres preocupadas em ter o vestido mais bonito da festa? Não, não fomos criadas com esse espírito de arrogância e competição que nos cerca. Podemos sim ter o caráter de Cristo dominando nosso ser. E só com ele poderemos enxergar as tantas bênçãos que o Senhor já nos deu e nos alegrarmos com Ele.

Avalie sua vida e sua postura diante das suas amigas ou “rivais”. Peça a Deus que tire do seu coração qualquer motivação errada, desejo de poder ou inveja. Provérbios 16:18 diz: "A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito, a queda." A Bíblia Viva diz: "A desgraça está um passo depois do orgulho; logo depois da vaidade vem a queda.



"Aprendendo nas adversidades "
(Texto Bíblico: Jó 2:9 e 10)

Apesar da mulher de Jó ser citada em apenas um versículo na Bíblia toda e nem sabermos o seu nome, podemos imaginar muito da sua vida e aprender com ela.

Em resumo, ao estudarmos a história de Jó, vemos que ele era um homem temente a Deus, feliz e cheio de bens que perdeu tudo – filhos, dinheiro e saúde – por conta de um desafio de Satanás, que disse ao Senhor que Jó só era um bom homem porque não enfrentava dificuldades. Deus então permitiu que o mal o atingisse para provar o contrário.

Nesse cenário de provações encontramos a esposa de Jó. Como eram casados, ela foi atingida tanto quanto ele, pois também experimentou as delícias de uma vida confortável e feliz e de repente encarou o sofrimento de perder seus filhos, seus bens e ainda ver o marido adoecer. Nos versículos que lemos ela tem uma reação de revolta contra Deus e contra Jó porque não admitia e não entendia o que estava acontecendo com eles. No entanto, o próprio Jó, em sua resposta, nos mostra que ela não era uma mulher ímpia. Ele pergunta “porque você está agindo assim, falando como uma mulher louca?”. Ou seja, ele sabia que esse não era o comportamento normal da esposa. Jó a amava, tanto que no capítulo 19, no versículo 17, ele lamenta o fato de estar leproso e não poder se aproximar da esposa: “O meu hálito é intolerável à minha mulher...”.

Provavelmente, por tudo o que sabemos sobre a vida de Jó, sua esposa era uma mulher idônea e auxiliadora. No entanto, seu comportamento na hora da aflição nos revela uma mulher que não teve sabedoria quando o marido mais precisava. Na verdade, ela estava agindo exatamente como Satanás queria e, assim como Eva, estava prestes a levar o esposo a se rebelar com Deus.

É verdade que essa mulher estava sofrendo muito também. Mas alguém disse certa vez: “a prosperidade pode cobrir uma multidão de pecados, mas a adversidade os coloca rapidamente em evidência”. A mulher de Jó agiu como muitas de nós, que só confiam e amam a Deus quando tudo vai bem. Infelizmente, na hora da luta, muitas de nós de nós desanimam, rebelam-se, se afastam de Deus e deixam de lado o papel de uma mulher sábia e encorajadora. Foi assim com ela e ainda é com aquelas que não enxergam as adversidades como oportunidades. 

Precisamos aprender a olhar para nossas lutas como uma via para nosso crescimento. Deus quer forjar nosso caráter, nos fazer mulheres valentes e guerreiras. Tiago escreveu: “Meus irmãos, considerem motivo de grande alegria o fato de passarem por diversas provações, pois vocês sabem que a prova da sua fé produz perseverança. E a perseverança deve ter ação completa, a fim de que vocês sejam maduros e íntegros, sem lhes faltar coisa alguma.” (Tiago 1: 2 a 4).

E porque alcançamos a maturidade nesse processo? Porque antes das provações produzirem em nós perseverança e paciência, elas trarão à tona todo lixo do nosso interior a fim de que sejamos santificadas e moldadas – exatamente como aconteceu com a esposa de Jó. Quando enfrentamos lutas descobrimos se realmente confiamos em Deus e se não temos em nós algumas características e comportamentos que precisam ser transformados ou abandonados, como orgulho, inveja, ira, autopiedade e murmuração, entre outros. Por mais que soe difícil, a verdade é quanto mais queremos ser parecidas com Cristo e maduras espiritualmente, mais adversidades teremos que enfrentar. Sim, porque há muito em nós que precisa ser mudado!

O profeta Isaías, no capítulo 61, nos diz que Deus dará a todos os que choram “uma bela coroa em vez de cinzas, o óleo da alegria em vez de pranto, e um manto de louvor em vez de espírito deprimido.” E sabe para que? Para que nos transformemos em “carvalhos de justiça”.

Talvez há algo sobre os carvalhos que você não saiba ou se esqueça de vez em quando. Geralmente o carvalho se transforma em ferramenta para botânicos e geólogos em suas medições dos infortúnios provocados pela natureza no meio ambiente, porque é nesta árvore que eles podem encontrar os sinais das tempestades que se abateram sobre a paisagem na qual ela está localizada. O carvalho é a espécie que mais padece com os efeitos das chuvas fortes, mas, por incrível que pareça, quanto mais ele se sujeita às intempéries, mais fortalecido ele sai delas, pois suas raízes se arraigam ao solo a cada tempestade, seu tronco se revigora e a possibilidade dele ser extraído ou derrubado do solo pelos temporais vai diminuindo drasticamente até se tornar nula.

Deus quer firmar você e eu de maneira que, assim como carvalho, as possibilidades das lutas nos abaterem se tornem nulas! É por isso que Ele não nos livra das provações, mas nos livranas provações. Sim, Ele está sempre presente para enxugar as lágrimas dos nossos olhos e nos fortalecer quando nos sentirmos fracas e impotentes. Ele está pronto a transformar nosso choro em riso, mas tudo isso, para que cresçamos e amadureçamos.

Encare suas lutas e adversidades com outros olhos. Não se deixe abater. Não se torne desencorajadora e nem blasfeme contra Deus. Busque a Fé que move montanhas e clame por perseverança.

A Bíblia não fala o que aconteceu com a mulher de Jó. Eu, particularmente, quero crer que ela se arrependeu da besteira que falou e calou-se diante do marido. Creio que caiu em si e alcançou o favor do Senhor, pois, ao final dessa história de sofrimento, a Bíblia revela que Jó recuperou seus bens – tudo em dobro – e teve outros filhos e filhas (as mais lindas que já existiram!). Como não fala se esses filhos e filhas foram com outra esposa e como Jó manteve-se íntegro durante todo o tempo, acredito que a sua mulher era a mesma do início da história. Mas agora ela estava aí não mais murmurando e desencorajando o marido, e sim, provando e vendo como “o Senhor é bom e o seu amor dura para sempre” (Salmo 136:1)!

Nunca mais diga “Estou na Luta”. Diga “Estou em Cristo, passando pela luta!” Você pode até chorar, mas nunca deixe de lembrar que “a alegria vem pela manhã” (Salmo 30:5).

Não adore a Deus apenas quando você está vivendo dias de alegria. Louve a Deus porque Ele está te transformando. Cuide das palavras que saírem da sua boca nos dias de aflição. E caminhe, em triunfo e sem reclamar, rumo à vitória que Jesus já lhe garantiu! 



"Um abismo leva a outro"
(Texto Bíblico: Marcos 6:14 a 29)

Após vermos tantos bons exemplos de mulheres que têm suas histórias contadas na Bíblia, é triste não termos nada de bom para falar de Herodias. Mas é a verdade. Ela foi uma mulher que se rendeu ao pecado, se deixou ser usada por Satanás e se tornou uma grande e cruel manipuladora, fazendo, inclusive, sua filha tornar-se parecida com ela.

Herodias era casada com um de seus tios, Herodes Filipe, mas um dia, ao hospedar em sua casa o irmão dele, seu outro tio, Herodes Antipas, ela abandonou o marido e foi embora com ele. Seu comportamento já era errado naquela época, pois a lei mosaica proibia o divórcio e o segundo casamento. Por causa disso, João Batista repreendeu Antipas, dizendo que ele não poderia viver com a mulher do irmão. E isso foi o suficiente para despertar o ódio de Herodias. Ela fez a cabeça do marido para que João Batista fosse preso, e mais tarde, como lemos no texto, ela usou a filha para que ele fosse decapitado.

De acordo com os historiadores, a família de Herodias era uma família que tinha poder e sabia abusar dele. Ela era neta (e depois se tornou nora) do Rei Herodes, aquele que queria matar o menino Jesus e ordenou a matança de crianças na época em que Ele estava para nascer. Assim, o comportamento dela, embora terrível, não é surpreendente. Na verdade, carregando em seu DNA iniquidade e maldições, ela foi caminhando lentamente até chegar ao assassinato. Você já deve ter ouvido falar que “uma mentirinha leva a outra maior, e outra maior, e outra maior...”. E é assim mesmo. O caminho do pecado começa com decisões aparentemente pequenas e insignificantes, mas o seu final, como diz a Bíblia, é a morte. “Um abismo chama outro abismo”, diz o Salmo 42:7. E é por isso que você e eu temos que nos preocupar não apenas com as montanhas que aparecem à nossa frente, mas também com as pedrinhas, pois é nelas que tropeçamos e é por causa delas que escorregamos e caímos.

Na passagem bíblica em que lemos, podemos detectar alguns pontos sobre o comportamento de Herodias, seu marido e sua filha. Vamos analisar com foco na mãe e esposa.

Em 1º lugar, vemos que ela era uma mulher manipuladora, pois, seu marido não tinha a intenção de matar João Batista. Ela se aproveitou de um momento de embriaguez dele e de seus amigos de festa e também se aproveitou da própria filha, que foi usada para seduzi-los. Herodias lembra Jezabel, a esposa de Acabe, que anos antes, perseguiu o profeta Elias. Vamos estuda-la futuramente, mas já podemos notar as semelhanças entre essas duas mulheres que foram instrumentos das trevas contra homens de Deus.

O poder ‘manipulador’ da mulher é nato. É verdadeiro. Desde o jardim do Éden, vemos a mulher sendo benção ou pedra de tropeço na vida do seu marido. Em Provérbios, muitos versículos alertam os homens a respeito de escolher bem a sua esposa, pois, “a mulher sábia edifica sua casa, mas a tola, com as próprias mãos a destrói” (Prov. 14:1). Faz parte da nossa natureza auxiliadora, que nos foi dada por Deus, ajudar nossos maridos em suas decisões. Por isso é necessário buscar sabedoria em Deus. Na verdade, temos uma grande responsabilidade. Sabe aquela história “o que seria dos homens sem as mulheres”? Pois é isso. Fomos criadas para ajuda-los a caminhar. Mas se nos desviarmos no meio do caminho, provavelmente eles se desviarão também.

Herodias e sua filha Salomé usaram de sedução para que Antipas fizesse a vontade dela. Infelizmente, muitas mulheres usam e abusam dessa artimanha. Muitas fazem do relacionamento sexual “moeda de troca” para conseguir aquilo que desejam do marido. Cuidado! Você pode estar dando lugar aos mesmos espíritos malignos que usaram Jezabel, Herodias e Salomé. Não dê brechas, pois como vimos, um abismo leva a outro. No livro de I Corintíos 7:4 e 5 há um alerta: “A mulher não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim o marido. Da mesma forma, o marido não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim a mulher. Não se recusem um ao outro, exceto por mútuo consentimento e durante certo tempo, para se dedicarem à oração. Depois, unam-se de novo, para que Satanás não os tente...”

Você tem usado seu poder manipulador para ser benção ou maldição dentro da sua casa?

Herodias também foi uma mãe que apresentou sua filha ao pecado. Ela a fez seduzir lascivamente homens bêbados e a ensinou ser manipuladora e agir sem escrúpulos. Nossos filhos estão sempre atentos ao nosso comportamento, e pelo que vemos, Salomé trilhou os mesmos caminhos da sua mãe. Seus filhos são seu espelho. Cuide para não agir de maneira que um dia eles caiam em perdição. Cada detalhe é importante. Cada passo que você der, eles estarão olhando e seguindo. Se você for uma mãe desonesta, briguenta, fofoqueira e maledicente, eles assim serão. Se beber álcool, eles também beberão. Se não for casada e morar com um homem, eles acharão isso normal e certo também. Sendo assim, pense bem naquilo que você deseja para o futuro dos seus filhos e comece a agir de maneira que esses sonhos possam se realizar.

No comportamento de Herodias vemos ainda que ela não aceitava a verdade. João Batista foi usado por Deus para dar a esse casal a chance de se arrepender. No entanto, a mesma verdade que liberta é a verdade que dói. Ninguém gosta de ver seus erros sendo apontados por outra pessoa, mesmo que seja um homem ou uma mulher que naquele momento estejam agindo como “boca” de Deus. Em lugar de refletir e se arrepender, Herodias optou por satisfazer os desejos da sua carne e da sua alma.

Se o pecado sempre vencer em nossa vida, um dia ele irá nos consumir. Mas há uma saída: nos arrependermos e o abandonarmos. Em Cristo Jesus encontramos perdão até para os pecados mais terríveis que tenhamos cometido. Pode até ser que tenhamos que conviver com algumas consequências das nossas atitudes, mas o perdão de Deus é legítimo. Você pode ser a pior das mulheres, mas nosso Deus é capaz de te fazer pura novamente. Só é preciso reconhecer os erros e se arrepender deles.

A maioria de nós odeia críticas e fica numa atitude defensiva quando ouve a verdade. Mas saiba que o arrependimento nos leva à transformação, e por isso ouvir a verdade é tão importante. Pense em sua vida como um pomar que foi feito para produzir o fruto do Espírito que está descrito em Gálatas 5: amor, alegria, paz, bondade, fidelidade, fé, mansidão, domínio próprio e paciência. A verdade é a enxada que vai mexer na terra e prepara-la para a semeadura e para os bons frutos. Ser receptiva às críticas não significa que você vai ser uma mulher com baixa auto-estima. Significa apenas estar atenta aquilo que está fora do eixo em sua vida – pecados e defeitos - a fim de que, com a ajuda de Deus, você possa colocar no lugar, se arrepender, receber o perdão de Deus e finalmente, triunfar!

Durante os próximos dias, pare para pensar cada vez que receber alguma crítica. Em lugar de se revoltar, magoar ou ficar com raiva, perceba se Deus não está levantando um ‘profeta’ – seu marido, seu filho, uma amiga, seu pastor ou quem quer que seja – para trazer arrependimento e graça sobre você



"Rompa com seu passado"
(Leitura Bíblica: Gênesis 19:26)

Todas nós já ouvimos falar da mulher de Ló. Pouco se sabe sobre ela, mas o suficiente prá sabermos que não queremos e não devemos ser como ela foi se não quisermos ter o mesmo fim trágico e bizarro que ela teve: virou uma estátua de sal.

Ló era sobrinho de Abraão. O pai dele morreu antes da família sair de Ur dos caldeus, e Ló acompanhou Abraão nas suas jornadas. Ló, como seu tio, se tornou rico. Os rebanhos dos dois aumentaram tanto que decidiram se separar. Abraão deixou Ló escolher para onde queria ir e o sobrinho escolheu a que parecia ser “a melhor terra” e foi na direção de Sodoma, na campina do Jordão. Ele viu terra fértil, boa para a criação dos seus rebanhos. Mas levou sua família na direção de Sodoma, uma cidade que ficou conhecida por sua imoralidade e maldade.

Não sabemos quando Ló se casou. A primeira passagem que menciona mulheres na companhia dele é Gênesis 14:16, depois de ele fixar residência em Sodoma. Pode ser que Ló tivesse se casado com uma mulher da região, ou pode ser que já fosse casado e que ela fosse influenciada pelo ambiente das cidades da campina do Jordão.

Alguns anos passaram, e Deus resolveu destruir Sodoma e as cidades vizinhas, pois não achou quase nenhuma pessoa justa nelas. Naquele dia, Ló perdeu praticamente tudo. Os noivos de suas filhas não acreditaram nos anjos de Deus, e ficaram na cidade condenada. A mulher de Ló, em desobediência aos mensageiros de Deus, olhou para trás e se tornou uma estátua de sal. Logo em seguida, as duas filhas de Ló deram vinho para o pai e cometeram incesto com ele. Com certeza, essa não era o tipo de família nem vida com a qual sonhamos. Mas por incrível que pareça, não era isso que a mulher de Ló pensava. Ela ficou triste em deixar tudo para trás. E por essa razão, foi destruída.

O problema da mulher de Ló não foi exatamente o “olhar para trás”. A Bíblia diz que Abraão também olhou para ver a destruição da cidade, e com ele nada aconteceu. A questão está que nos escritos bíblicos originais, o “olhar” da esposa de Ló foi diferente do “olhar” de Abraão. Ela olhou com lamento, com saudades, mostrando consideração e lembrando-se com prazer da sua vida lá. Ela foi atraída pelo seu passado, e desprezou uma ordem e o livramento do Senhor. Falando assim é fácil pensarmos ”que mulher tola ela foi”, mas a verdade é que muitas vezes nos posicionamos da mesma maneira: fomos livres do pecado, recebemos uma nova vida em Cristo Jesus, mas sentimos saudades da vida que levávamos, do passado pecaminoso, das obras da carne... e sabe porque isso acontece? Porque muitas vezes temos laços de alma com pessoas, situações e coisas. Laços que nos prendem e impedem nossa caminhada vitoriosa.

Como seres humanos, somos formadas por corpo, alma e espírito. Podemos pensar na alma como aquela onde estão nossas emoções, mente e vontades. Li um exemplo interessante para explicar como um laço de alma age na nossa vida. Imagine que seu braço fosse amarrado à lateral do seu tronco e mantido ali por anos a fio. O efeito resultante seria devastador. Se fosse abruptamente desamarrado, ele não estaria apenas atrofiado e fraco, mas também, incapacitado. Seria impossível usar esse braço de forma adequada até que ele fosse tratado e restaurado.

Podemos dizer a mesma coisa em relação à nossa alma. Quando nos envolvemos com uma pessoa, atividade ou lugar por um longo período de tempo desenvolvemos com eles um estreito relacionamento. Então envolvemos nossa mente, nossas emoções e nossas vontades nisso, ou seja, nossa alma. Assim criamos os ‘laços de alma’, e se esses laços nos forem arrancados de repente, reagiremos como se ainda estivéssemos envolvidas - como aquele braço que ficou amarrado reagiria.

Um laço de alma não existe apenas quando você tem um relação sexual com alguém. Pode ser um envolvimento emocional com alguma pessoa ou qualquer outra coisa. Você pode, por exemplo, ter laço de alma com o dinheiro, com seu emprego, com um ex-namorado, com uma amiga, com sua mãe. Há laços de alma certos e errados. O certos encontrarão equilíbrio. Os errados precisam ser confrontados. Por isso, não importa que tipo de situação você está enfrentando: aprenda a lidar com ela de forma correta para não ser atrofiada ou paralisada.


Mesmo quando voluntariamente nos afastamos de alguém ou alguma coisa, nossa alma pode desejar permanecer onde estávamos ou com quem estávamos, nos trazendo angústia, dor e sofrimento. Mas precisamos saber que podemos usar nossa vontade contra isso. Nossa decisão de mudar, de avançar e não olhar para trás pode dar ordens à nossa alma, e isso pode conter e dominar as emoções.

Se você foi ferida num acidente, talvez tenha que aprender a andar de novo. Se perdeu seu cônjuge, talvez tenha que aprender a viver como solteira novamente. Se mudou de emprego, precisará começar de novo a criar vínculos e mudar sua rotina. Se tomou a decisão de deixar hábitos pecaminosos, talvez tenha que descobrir novas maneiras de se alegrar e não satisfazer as vontades da carne. O mais importante é deixar o passado para trás, sabendo que o nosso Deus quer nos levar a caminhos novos, mais altos e melhores! E enquanto você espera pelo dia em que se verá totalmente livre e renovada, pode confiar que Ele está ao seu lado para te orientar, guardar e fortalecer. Mas é necessário fazer a sua parte. Deixe-me dar um exemplo disso.

Durante um tempo, quando foi publicado num portal da internet um artigo meu sobre adultério e laço de alma, minha caixa de correio eletrônica vivia lotada de e-mails de pessoas que viviam conflitos interiores por causa de problemas relacionados à sua vida conjugal. Alguns diziam não mais desejar a esposa mas olhar para uma amiga da igreja com intenções sedutoras. Outros diziam estar prestes a “consumar” a traição e outros ainda, tentavam justificar seus pensamentos e desejos ilícitos. Em todos os casos, a dificuldade era fugir da tentação. O prazer pecaminoso parecia vencer a necessidade de renunciar em favor do casamento. O conflito emocional existia, assim como o peso do pecado (ainda que a relação sexual física não tenha existido em nenhum desses casos) e até o arrependimento. Mas mudar as atitudes era quase uma utopia para esses meus colegas virtuais. Lembro-me de um homem casado que contou estar ‘apaixonado’ pela esposa de um amigo da sua célula da igreja. E na visão dele, ela parecia corresponder. Eles eram amigos bem chegados e moravam próximos, ao ponto que as famílias iam no mesmo carro para os cultos. Meus conselhos para ele foram mudar de célula, começar a usar seu próprio carro e pedir ajuda ao pastor. A resposta dele foi que ele não tinha ‘coragem’ para fazer isso. Mas sejamos honestas. O que ele não tinha era vontade. O pecado é gostoso (pelo menos na hora). E é preciso reconhecer isso para lutar contra ele através do arrependimento e confissão.

O caminho para evitar ou acabar com uma traição ou qualquer outra situação que queremos mudar começa no coração. Mas passa depois pela mente e pelo físico. Tem que chegar à mudança de atitude. Então, mesmo que seu caso não seja adultério, fuja daquilo que te faz mal, entristece, deprime ou que você sabe que a levará ao pecado.

Tenho aprendido que é necessário o rompimento de qualquer laço com nosso passado. Principalmente porque vivemos num mundo em que os relacionamentos sexuais começam muito cedo, sem que se meçam as conseqüências emocionais e espirituais disso. A Medicina já comprovou que o casal que mantém relações sexuais cria um laço, entre outras razões, por que o sistema imunológico da mulher produz anticorpos específicos contra os espermatozóides de seu parceiro. Ou seja, a unidade existe a partir do contato físico, e infelizmente, hoje em dia, ele ocorre ainda na adolescência ou até infância de muitas de nós. Não estou falando apenas do ato com penetração, mas também das carícias e dos beijos, que podem não acabar num ato sexual consumado mas já fazem parte de uma relação.

A boa notícia é que a Graça de Deus está ao alcance de todo aquele que desejar e crer, então, o simples fato de renunciar ao passado, em oração audível, e deixar que o próprio Deus cuide do resto, faz uma grande diferença em nossa vida. Então, escreva num papel os nomes das pessoas com as quais você se envolveu no passado – mesmo os envolvimentos apenas emocionais - e ore rompendo os laços que por ventura tenham se formado. Mesmo se você não é casada, deve fazer isso também. Quebre laços com ex-namorados e até aqueles laços emocionais que parecem “inocentes”, quando por exemplo, seus pais diziam ‘brincando’ que“nunca deixariam a filhinha deles se casar e ir embora”. Se você já é uma senhora, avó e mais experiente, quebre laços emocionais que estejam impedindo seus filhos de prosperar ou até mesmo laços que te impedem de ser feliz. Vamos todas então renunciar ao nosso passado, à palavras de maldições, laços que nos impedem de avançar. Vamos pedir ao Espírito Santo que traga à nossa razão laços de alma que precisam ser quebrados. E vamos ser livres para que os planos de Deus se cumpram em nós! Em Nome de Jesus!

“...mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.” (Filipenses 3: 13 e 14)




"Fé X Palavra – A mulher hemorrágica"
(LEITURA: Marcos 5: 25 a 34)

Nas últimas duas semanas conversamos sobre o poder das palavras que saem da nossa boca, e como elas podem mudar as circunstâncias a nossa volta. É maravilhoso entendermos isso e sermos mulheres de Fé. Mas existe uma realidade a se encarar: nem sempre aquilo que profetizamos acontece. É fato. Então questionamos: porque algumas pessoas são curadas e outras não? Porque alguns sonhos são realizados imediatamente e outros não?

Particularmente, creio que há muitas coisas que envolvem esse Reino Espiritual onde as palavras tomam forma, assim como a Bíblia diz que no início era o Verbo, e o Verbo se fez carne. Ao mesmo tempo, creio mesmo no poder das Palavras, porque isso é Bíblico. E então, procuro sempre exercitar essa minha Fé, proclamando palavras de bênçãos sobre a minha casa, meu marido, minha filha, meus familiares. Você pode fazer isso. Mas há um ensinamento importante que gostaria de compartilhar com você. Vamos primeiro conhecer a história da mulher hemorrágica, conforme o texto que lemos.

Essa era uma mulher que sofria muito. Naquela época, o fluxo de sangue tornava a mulher impura, e enquanto sangrasse, ela não poderia tocar em nada – pois aquilo que ela tocasse se tornaria impuro também – e é claro, ela também não podia ser tocada. No caso dessa mulher, ela vivia assim há 12 anos. Consegue imaginar? Isolada, desprezada, solitária, descriminada. Porém, ao crer que sua salvação estava em Jesus, ela declarou com Fé: “se eu apenas o tocar, serei curada”. E assim o foi. Aquela mulher teve fé para visualizar sua cura, estender a mão e esperar o milagre. E de onde vem uma fé como está? Vem de Deus. Ele nos dá o desejo de buscá-lo. Quando alimentamos esse desejo, Ele nos dá fé para crermos em seu poder.

Porém, como já dissemos antes, parece que nem sempre as coisas acontecem simplesmente por causa da nossa Fé, embora a Bíblia diga que tudo é possível ao que crê. Vamos então aprender hoje algo fundamental para nossa caminhada.

Existem na Bíblia duas definições gregas para o termo “Palavra”. Em suma, temos a “Logos”, que é a Palavra Escrita e a “Rhema”, que é a Palavra Revelada. Quando lemos a Bíblia, estamos lendo “Logos” - palavra escrita. Quando, porém, ouvimos o Espírito Santo falar diretamente em nosso espírito, ouvimos “Rhema” - palavra revelada. No entanto, uma não vive sem a outra. Não existe Revelação (Rhema) que não se harmonize, coincida e se expresse direta ou indiretamente na Palavra de Deus escrita (Logos – a Bíblia). E não há como provar o poder de Deus apenas pela escrita, pela letra, por Logos. A própria Bíblia diz que a “a letra mata, mas o Espírito vivifica” (2 Corintios 3:6). Então, ao declararmos uma Palavra, para que ela se cumpra, não basta ser a Logos. Precisa ser uma palavra Rhema. Vou dar como exemplo uma história real sobre o uso dessas duas palavras.

Na Coréia do Sul houve um grupo de jovens que viajou de muito longe para assistir a pregação de uma mulher que era extremamente usada por Deus, ministrando milagres e muitas curas. Porém, quando chegou ao local, o grupo descobriu que a pregação aconteceria do outro lado do rio – que estava cheio, com correnteza forte e impossível de se atravessar. Três daquelas jovens então se lembraram de que Pedro andou por sobre as águas. Oraram com Fé e entraram rio adentro para andar por cima das águas e atravessar o rio. Mas o resultado foi triste: morreram afogadas. O episódio serviu para muitos questionarem até onde a nossa Fé pode mesmo salvar. Mas na verdade, houve ali um ato de displicência com a palavra de Deus. Lembra-se do que Jesus respondeu quando foi tentado no deserto e Satanás, usando a Palavra de Deus, disse “Joga-te aqui do alto e o Senhor o guardará porque a seus anjos dará ordens a seu respeito”? Jesus respondeu (também com a Palavra de Deus): “Está escrito: não tentarás o Senhor teu Deus”. (Mateus 4: 5 a 8).

Mas você pode ainda se perguntar: por que essas moças morreram se elas creram na Bíblia? A Bíblia não mostra que Pedro andou sobre as águas e que Jesus era com ele? Sim. Porém, quando Pedro pediu para andar sobre as águas com Jesus, o Mestre lhe respondeu: “Vem”! E disse a quem? A Pedro. Em que momento? Num momento em que Pedro precisava provar do Poder de Jesus. Note que foi Jesus (o Logos de Deus) que produziu a Palavra Rhema que fez Pedro andar sobre as águas. Isso prova que Rhema está intrinsecamente ligado a Logos. Em outras palavras, o que Deus fala ao nosso coração e ao nosso espírito, estará sempre associado e em plena concordância com a Bíblia.

Rhema então é a Palavra bíblica (Logos) revelada (com o poder de executá-la) pelo Espírito Santo de Deus, num momento específico, para uma pessoa específica, para um fim específico. Logos é uma palavra histórica, porém criativa, ou seja, Logos revela algo que Deus disse e aconteceu. Porém Rhema é uma revelação específica, para uma pessoa específica numa situação específica.

Então, podemos concluir que muitas vezes aquilo que declaramos não acontece porque não está de acordo com a vontade de Deus para nossa vida ou não foi uma ordem expressa do Espírito Santo – pelo menos não naquele momento. Muitas vezes queremos que os nossos desejos se realizem, e não os do Senhor. Justamente por isso, precisamos buscar estar sempre em sintonia com a vontade de Deus para nossas vidas, a fim de que saibamos qual a PalavraRhema que Ele tem para cada uma de nós. E como fazemos isso?

Em primeiro lugar, lendo a Bíblia, pois como dissemos, a Palavra Rhema (a revelação de Deus para nós) vem através da Palavra Logos (aquilo que está escrito na Bíblia). Quando conhecemos a Bíblia, não nos enganamos com nossos próprios pensamentos. Certa vez, por exemplo, uma mulher me disse que o Espírito Santo revelou que ela deveria separar-se do marido pois Deus tinha algo melhor para ela. Claro que essa não era a voz do Espírito. Se ela conhecesse o que diz a Bíblia a respeito do divórcio, saberia que Deus nunca lhe pediria algo que é contrário a sua Palavra.

Em segundo lugar, devemos orar para que Deus coloque em nós o Seu desejo. Filipenses 2:3 diz que “Deus é quem efetua em nós tanto o querer quanto o realizar, conforme a Sua vontade”.Também diz a Bíblia “Agrada-te do Senhor, e Ele satisfará os desejos do teu coração” (Salmos 37:4). Deus sempre vem a nós através do nosso desejo santificado. Se buscarmos o centro da vontade de Deus, o Espírito Santo produzirá em nós sonhos e desejos conforme o querer do Pai. E assim sim veremos o realizar de cada um deles. Aliás, de TODOS eles, pois a Bíblia diz“Bem sei Senhor que tudo podes, e nenhum dos Seus planos será frustrado” (Jó 42:2).

Feito isso, é só esperar o momento certo para o agir de Deus. E é claro, parece simples mas é tarefa difícil. Esperar confiantemente não é nosso forte. Mas lembre-se que a mulher hemorrágica esperou 12 anos. David Young Cho escreve: “O tempo sempre é uma prova. Se esperar com paciência, seu próprio desejo e o desejo de Satanás tornar-se-ão cada vez mais fracos, mas o desejo do Espírito Santo, cada vez mais forte. Por isso espere e receba o desejo divino.”

Portanto, se você deseja ser uma mulher de Deus e usufruir de todo poder e vitória que já nos foram garantidos na Cruz de Cristo, caminhe não apenas conhecendo a Jesus de ouvir falar, mas andando intimamente com Ele. Caminhar em santidade e em comunhão com Deus é uma escolha que cada uma de nós pode fazer. Você pode ser salva e ainda assim não caminhar em triunfo. Mas pode ser salva e provar do sobrenatural de Deus aqui na Terra. Eu fico com a segunda opção. A parte de Deus, Ele já fez e está fazendo. A minha, é querer estar cada vez mais perto Dele, conhecendo a Palavra, orando, jejuando, renunciando aos desejos da minha carne e abrindo mão do pecado e daquilo que me faz pecar. Todos os dias, quando acordo, peço ao Espírito Santo que esteja agindo em mim e através de mim, me livrando do meu próprio eu durante o dia, não deixando que a minha vontade seja feita, mas a Dele. Também peço que Ele mesmo cumpra os propósitos que tem para minha vida naquele dia. E assim prossigo com a certeza de que Deus está no controle da minha vida, mesmo quando as coisas não acontecem do jeito que eu quero. Vou louvando, profetizando e tentando enxergar pela Fé minha vitória e o realizar dos meus sonhos. Vamos juntas? Será um prazer ter você comigo nessa caminhada! Que o Senhor nos faça mulheres cheias de Fé e Poder, conforme a palavra Rhema que Ele tem para cada uma de nós!




 (Texto Bíblico:2 Samuel 6:9 a 23)

Mical era filha de Saul e foi a primeira esposa de Davi. Ela o amava. Não sabemos como exatamente eles se conheceram, mas, em 1 Samuel 18 a Bíblia nos conta que Saul, sabendo do amor de Mical por Davi, a ofereceu em casamento em troca da morte de 100 filisteus (na verdade o plano do rei era que Davi fosse morto nessa empreitada). Davi cumpriu a determinação e fez ainda mais: matou não apenas 100, mas 200 filisteus – e fez isso antes do prazo dado pelo rei. E então tornou-se genro de Saul.

Nos relatos históricos, percebemos que o amor de Mical por Davi foi se esfriando com o passar do tempo. Embora o tenha ajudado na fuga, ela não quis fugir com ele quando seu pai o estava tentando matar – talvez não estivesse disposta a deixar o conforto do palácio e preferiu sacrificar seu casamento. Davi ficou sete anos longe, até que pudesse voltar e assumir o trono depois da morte de Saul e seus descendentes, e, nesse período de lutas, por sua esposa não estar ao seu lado, ele encontrou auxílio nos braços de outras mulheres. Mas sua primeira aliança era com Mical – e se ela quisesse e agisse com sabedoria, poderia usufruir das bênçãos decorrentes disso. No texto que lemos, no entanto, conhecemos uma Mical não mais apaixonada pelo seu marido. Uma Mical que, com amargura no coração, despreza a alegria de Davi e rejeita a benção que ele tinha, da parte de Deus, para toda sua casa. Pouco depois desse episódio, Davi comete o adultério com Bate-Seba. E Mical morreu sem filhos, sem deixar um herdeiro legítimo para o trono.

Porque será que esta mulher, que um dia amou seu marido e o ajudou num momento tão importante de sua vida acabou assim?

Creio que é importante notarmos que Mical tinha traumas e feridas em seu coração. Afinal de contas, ela foi usada por seu pai para montar uma armadilha contra o homem que amava. Depois, quando ele fugiu e ela se recusou a ir junto, foi entregue como esposa para outro. E passados sete anos, foi tirada desse marido para ficar de novo com Davi. 

Traumas não resolvidos e emoções feridas tiraram o brilho de Mical. E mais do que isso: lhe trouxeram cegueira espiritual. Ela já não via Davi como um homem escolhido por Deus para reinar e não compreendia a alegria da presença do Senhor.

No episódio da festa que Davi fazia pela retomada da Arca da Aliança, Mical ficou de fora,olhando pela janela. Ela tinha todo direito de estar ao lado do rei, seu marido, celebrando com ele. A presença do Senhor era manifesta naquele lugar e havia júbilo no meio do povo. Era o avivamento! Mas Mical simplesmente o desprezou.

Mical nos faz lembrar de mulheres que preferem apenas olhar pela janela ao invés de participar da festa. Mulheres que desprezam o poder de Deus e desistem do seu casamento ou de seus sonhos. Mulheres que deixam a amargura dominar o coração e se tornam insensíveis ao agir de Deus. Mulheres que são tão críticas que não conseguem enxergar o amor do Pai nas pequenas coisas que nos rodeiam. Mulheres que acabam desprezando a benção e o propósito que Deus tem para cada uma de nós e por causa disso, morrem estéreis, sem colher os frutos e as flores de uma vida bem sucedida - que é prometida para aqueles que são plantados junto às correntes de águas que é o próprio Deus! (Salmo 1)

Mical agiu errado ao não seguir seu marido naquela fuga. Nosso Deus é um Deus que honra as alianças que temos com Ele e que foram feitas diante Dele. Casamento é uma aliança para toda vida, não importa o que aconteça no meio do caminho. Se você é uma mulher que não está disposta a abrir mão do seu conforto e do seu “palácio” para seguir seu esposo, nunca conseguirá desfrutar das bênçãos decorrentes da aliança; sim, porque a aliança do casamento é um espelho da aliança de Deus para com seu povo – uma aliança inviolável, que independe da humanidade, dos nossos pecados ou nossas vontades – e na carta aos Gálatas, o apóstolo Paulo enfatiza que nada, “nem a lei”, “poderá invalidar a aliança previamente estabelecida por Deus de modo que venha anular a promessa”. Ou seja, um casamento, ao receber a benção do Senhor, também estabelece uma aliança eterna. Não importa se anos depois um dos cônjuges ‘descobrir’ (ou achar) que se casou com a pessoa errada. Se houve a benção de Deus, nada poderá invalidar essa aliança. E a melhor notícia é que, da mesma forma, nada também poderá anular as promessas decorrentes dessa benção. Creia nisso, busque isso! Pense como a vida de Mical poderia ter sido diferente se ela abrisse mão do palácio para construir um casamento sólido. Sim, ela viveria anos de lutas e provações. Mas depois experimentaria reinar!

Mical também agiu errado ao criticar seu esposo por seu comportamento. Não se torne a mãe do seu marido. Não seja uma mulher crítica, pessimista, preocupada apenas com “o que os outros vão falar”. Não seja religiosa. Talvez Mical, por ser filha de Saul, conhecia muito bem os protocolos reais e aprendeu desde cedo como o rei e a rainha deveriam agir diante de uma multidão – e bem por isso, não gostou do que Davi fez ao dançar no meio do povo. Mas não se limite aos protocolos. Quebre paradigmas, pré-conceitos, esteja pronta ao novo de Deus! E mais: se você é daquelas que se incomoda com a alegria das pessoas, sinto em dizer, mas você é uma mulher egoísta e invejosa – e precisa se arrepender disso. É pecado. Não seja como aquele filho perdido dentro da própria casa – o irmão do filho pródigo – que sofreu junto com o pai a partida do irmão mas não conseguiu se alegrar com sua volta por pura inveja. Sim, não é de hoje que é mais fácil chorar com os que choram do que se alegrar com os que se alegram... E sabe quando você será mais feliz? Quando for mais grata e reconhecer os presentes que Deus tem dado a você todos os dias. Não fique listando aquilo que falta em sua vida, faça uma lista daquilo que você já tem! Na minha casa, fiz um quadro bem grande com fotos onde mandei escrever “momentos felizes”, pois não quero nunca me esquecer de que coisas aparentemente simples também podem me proporcionar muita alegria! Aproveite esses presentes que Deus nos proporciona no dia a dia. Experimente não se prender aos detalhes e apenas sorria! Quando algo fugir do seu controle, não se desespere. Dê risada, louve! Traga à memória aquilo que pode lhe dar esperança, sempre! (Lamentações 3:21)



Mical ficou na janela quando poderia estar na festa. Deus não te criou para que você apenas admire a obra Dele na vida de outras mulheres. Saia da janela, pare de apenas contemplar e dê alguns passos até a festa que Ele preparou para você! Não se contente com pouco, não se conforme com o medíocre.

Deus te abençoe,

Pr. Paulo Tomé

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Que Jesus vos ilumine e o Espírito Santo de Deus lhe dê sabedoria!