Texto: Marcos 2.13-28
INTRODUÇÃO
1. Jesus atraía as multidões – v. 13
-Jesus foi o homem mais amável que já pisou no mundo.
-Jesus foi o homem mais amável que já pisou no mundo.
-Sua personalidade, ensino e obras sempre atraíram
as pessoas.
-Onde ele estava sempre havia a esperança de um
novo começo.
-Em Jesus as pessoas encontravam alívio para seus
fardos, cura para suas enfermidades e perdão para seus pecados.
2. Jesus atraía a oposição – v. 6,16,18,24;3:6
-A verdade sempre incomoda a mentira e a luz sempre denuncia as trevas.
2. Jesus atraía a oposição – v. 6,16,18,24;3:6
-A verdade sempre incomoda a mentira e a luz sempre denuncia as trevas.
-Na mesma proporção que Jesus atraía a multidão,
despertava a inveja dos escribas e fariseus. A oposição a Jesus tornou-se
progressiva:
-Em primeiro lugar, os escribas arrazoavam em seu coração (2:6). Era uma oposição velada, silenciosa e íntima.
-Em segundo lugar, os escribas perguntam aos discípulos de Jesus (2:16). Agora, eles falam, mas não com Jesus. Eles destilam suas críticas de forma indireta.
-Em terceiro lugar, os fariseus perguntam diretamente a Jesus (2:18). A pergunta deles era uma censura e uma denúncia enrustida.
- A intenção deles não era aprender, mas acusar.
- Eles sempre vinham com perguntas de algibeira
para apanhar Jesus no contrapé.
-Em quarto lugar, os fariseus advertem a Jesus (2:24). A oposição torna-se explícita, ganhando um contorno denso de uma crítica aberta.
-Em quarto lugar, os fariseus advertem a Jesus (2:24). A oposição torna-se explícita, ganhando um contorno denso de uma crítica aberta.
-Agora o inimigo põe as unhas de fora e destila
todo o seu veneno contra Jesus.
Em quinto lugar, os fariseus se unem aos herodianos para tramarem a morte de Jesus (3:6). Veja a progressão dessa oposição: de um pensamento íntimo de censura caminharam para uma pergunta indireta.
Em quinto lugar, os fariseus se unem aos herodianos para tramarem a morte de Jesus (3:6). Veja a progressão dessa oposição: de um pensamento íntimo de censura caminharam para uma pergunta indireta.
- Desta a uma pergunta pessoal e daí a uma censura
verbal. Agora, se mancomunam com os herodianos a quem consideravam indignos,
para tramarem a morte de Cristo.
Nesse contexto de ensino à multidão e pressão da oposição dos escribas e fariseus, Jesus nos fala sobre as bênçãos singulares do evangelho.
I. O EVANGELHO ABRE AS PORTAS DO REINO PARA OS REJEITADOS – v. 14
-Jesus chamou Levi, filho de Alfeu, para ser discípulo (1:14).
- Este Levi trabalhava em uma coletoria e era um
publicano (Lc 5:27). Também era chamado de Mateus (Mt 9:9).
-Esses coletores de impostos ganharam a fama de inimigos e traidores do povo, pois além de estarem a serviço de Roma, também extorquiam o povo, cobrando mais do que o estipulado, enriquecendo-se, assim, de forma desonesta.
-Esses coletores de impostos ganharam a fama de inimigos e traidores do povo, pois além de estarem a serviço de Roma, também extorquiam o povo, cobrando mais do que o estipulado, enriquecendo-se, assim, de forma desonesta.
- Desta forma passaram a ser odiados pelo povo. Um
judeu que aceitasse tal ofício era expulso da sinagoga e envergonhado pela
família e amigos.
-Um fariseu que se tornasse coletor era execrado e
sua esposa podia divorciar-se dele.
- Um coletor de impostos era visto como alguém que amava
mais o dinheiro que a reputação. Certamente Mateus era um homem odiado por seus
contemporâneos.
-Cafarnaum era uma cidade aduaneira, uma ponte entre a Europa e a África.
-Cafarnaum era uma cidade aduaneira, uma ponte entre a Europa e a África.
-Cafarnaum era a sede da secretaria da fazenda na
rota entre Damasco ao nordeste e o Mar Mediterrâneo no oeste. Estes postos de
alfândega cobravam impostos não apenas nas fronteiras, mas também na entrada e
saída de povoados, nas encruzilhadas e nas pontes.
-Produtos não declarados podiam ser confiscados
pelo publicano.
-Esses cobradores eram tidos como ladrões e
assaltantes por definição.
Diante desses fatos, o chamado de Jesus a Levi nos ensina algumas verdades:
1. Jesus chama soberanamente – v. 14a
-Jesus chamou um homem execrado publicamente e não deu nenhuma explicação a ele nem ao povo.
Diante desses fatos, o chamado de Jesus a Levi nos ensina algumas verdades:
1. Jesus chama soberanamente – v. 14a
-Jesus chamou um homem execrado publicamente e não deu nenhuma explicação a ele nem ao povo.
- Jesus tem autoridade para chamar quem ele quer
para o seu serviço. Sem o divino chamado
ninguém pode ser eficiente naquilo que se é feito, pois jamais nos tornaremos
para Deus a menos que ele nos chame por sua graça.
-Embora não possamos afirmar com segurança que Mateus tenham sido um homem desonesto, há fortes indícios de que tenham sido escravo da avareza, pois havia vendido seu patriotismo com o propósito de ganhar dinheiro.
-Embora não possamos afirmar com segurança que Mateus tenham sido um homem desonesto, há fortes indícios de que tenham sido escravo da avareza, pois havia vendido seu patriotismo com o propósito de ganhar dinheiro.
-Ele chama a quem quer e isso, soberanamente
(3:13). Não somos nós quem escolhemos a Cristo, foi ele quem nos escolheu (Jo
15:16). -Não fomos nós quem o achamos, mas ele quem nos buscou. Nós o amamos,
porque ele nos amou primeiro.
2. Jesus chama eficazmente – v. 14b
-Quando Cristo chama, ele chama eficazmente (Rm 8:30).
2. Jesus chama eficazmente – v. 14b
-Quando Cristo chama, ele chama eficazmente (Rm 8:30).
-Jesus disse que as suas ovelhas ouvem a sua voz e
o seguem (Jo 10:27).
-Levi atendeu pronta e imediatamente o chamado de
Jesus. Ele não argumentou nem adiou sua decisão. Sua obediência decisiva e
imediata é solenemente registrada.
- Lucas 5:28 diz que ele deixou tudo. O chamado de
Cristo foi irresistível. O mesmo que chama é aquele que muda as disposições
íntimas da alma. Ele não apenas chama, mas atrai com cordas de amor.
-Mateus deixou a coletoria imediatamente e seguiu a Jesus. Essa resposta pronta ao chamamento do Senhor foi um grande milagre e libertação. Ele deixou sua profissão e o lucro e queimou todas as pontes do seu passado.
-Mateus deixou a coletoria imediatamente e seguiu a Jesus. Essa resposta pronta ao chamamento do Senhor foi um grande milagre e libertação. Ele deixou sua profissão e o lucro e queimou todas as pontes do seu passado.
-Ele trocou o lucro fácil pela consciência limpa,
as glórias do mundo pelas riquezas do Reino de Deus.
-O chamado de Mateus deve nos encorajar a esperar a salvação daqueles que julgamos mais difíceis.
-O chamado de Mateus deve nos encorajar a esperar a salvação daqueles que julgamos mais difíceis.
-O mesmo Jesus que chama quebra as cadeias e abre
os corações. O vento do Espírito sopra aonde quer.
- O tempo dos milagres ainda não passou. Ele
continua chamando pecadores a si!
3. Jesus chama graciosamente – v. 15,16
-Levi deu um grande banquete a Jesus e convidou numerosos publicanos e pecadores para a estarem com ele em sua casa (Lc 5:29,30).
3. Jesus chama graciosamente – v. 15,16
-Levi deu um grande banquete a Jesus e convidou numerosos publicanos e pecadores para a estarem com ele em sua casa (Lc 5:29,30).
- Levi abriu não só o coração para Jesus mas também
sua casa.
-Os escribas e fariseus, verdadeiros espiões de
plantão, consideravam pecadores aqueles que quebravam tanto a lei moral de Deus
e aqueles que infligiam as inumeráveis regras e preceitos da interpretação
farisaica da santa lei de Deus.
-Assim eram considerados pecadores tanto os que
cometiam adultério como aqueles que comiam sem lavar as mãos.
-Aos olhos dos fariseus, todos os que não eram
fariseus eram “pecadores”. Eles disseram aos guardas que foram prender a Jesus:
“Quanto a esta plebe que nada sabe da lei, é maldita” (Jo 7:49).
-Levi ao mesmo que celebra a festa da sua salvação, abre sua casa para que seus pares conheçam também a Jesus e sejam salvos.
-Levi ao mesmo que celebra a festa da sua salvação, abre sua casa para que seus pares conheçam também a Jesus e sejam salvos.
-Ele transformou seu lar num grande instrumento de
evangelização.
-Ele queria que os seus colegas de profissão e os
pecadores também se tornassem seguidores do Senhor Jesus.
-Os escribas, mediante uma pergunta aos discípulos de Jesus, censuram-no por comer com os publicanos e pecadores (2:16).
-Os escribas, mediante uma pergunta aos discípulos de Jesus, censuram-no por comer com os publicanos e pecadores (2:16).
- A religião deles era a religião do apartheid.
Eles se consideravam justos e dos demais como pecadores, indignos do amor de
Deus.
II. O EVANGELHO ABRE AS PORTAS DA SALVAÇÃO PARA OS QUE SE CONSIDERAM PECADORES – v. 17
O evangelista Marcos diz: “Tendo Jesus ouvido isto, respondeu-lhes: Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes; não vim chamar justos, e sim pecadores” (2:17).
1. O que Jesus não quis dizer?
-Esta figura usada por Jesus tem sido interpretada de forma equivocada por alguns. Vejamos, então, o que Jesus não quis dizer:
II. O EVANGELHO ABRE AS PORTAS DA SALVAÇÃO PARA OS QUE SE CONSIDERAM PECADORES – v. 17
O evangelista Marcos diz: “Tendo Jesus ouvido isto, respondeu-lhes: Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes; não vim chamar justos, e sim pecadores” (2:17).
1. O que Jesus não quis dizer?
-Esta figura usada por Jesus tem sido interpretada de forma equivocada por alguns. Vejamos, então, o que Jesus não quis dizer:
-Em primeiro lugar, Jesus não quis dizer que há alguns que são sãos e justos aos olhos de Deus.
- A Bíblia é clara em afirmar que todos pecaram e
destituídos estão da glória de Deus (Rm 3:23). -Aqueles que se consideram sãos
e justos estão em um estado mais avançado da sua doença e iniqüidade.
-O pior enfermo é aquele que não reconhece sua
doença e o maior pecador é aquele que não se vê como tal.
-Em segundo lugar, Jesus não quis dizer que estes não necessitam do Salvador.
-Os escribas e fariseus se consideram sãos e bons
aos olhos de Deus, mas na verdade, eles estavam tão necessitados quanto os
publicanos de salvação.
- Não importa quão alta é a avaliação que temos de
nós mesmos. Somos totalmente carentes da graça de Deus.
-Em terceiro
lugar, Jesus não quis dizer que seu amor pelos pecadores implica em falta de
amor com os justos.
- A lógica de Jesus é: se ele encarna a vontade
divina de ajudar até as pessoas totalmente condenáveis, então ele tem ajuda
para todos.
2. O que Jesus quis dizer
-A figura usada por Jesus tem uma mensagem clara:
2. O que Jesus quis dizer
-A figura usada por Jesus tem uma mensagem clara:
-Em primeiro lugar, só os que se reconhecem doentes e pecadores têm consciência da necessidade da salvação.
-Só uma pessoa doente procura o médico.
-Só uma pessoa consciente do seu pecado busca
salvação. Não há fé sem arrependimento nem salvação sem conversão.
-Ninguém busca água sem sentir sede nem anseia pelo
pão da vida sem fome.
- Uma pessoa antes de vir a Cristo, precisa
primeiro sentir-se carente da graça de Deus.
-A salvação não é para aqueles que se consideram
dignos, mas aqueles que são indignos e estão em situação desesperadora.
- Jesus veio para salvar os pecadores, perdidos,
pobres, sofredores, famintos e sedentos (Mt 5:6; 11:28-30; 22:9,10; Lc
14:21-23; 19:10; Jo 7:37-38).
- Jesus não veio ao mundo apenas para ser um
legislador, um mestre ou rei. Ele veio como o médico da nossa alma e o nosso
redentor.
- Ele nos conhece, nos ama, nos cura, nos perdoa e
nos salva.
-Em segundo lugar, só os que se humilham podem ser salvos.
-A atitude dos escribas e fariseus era de soberba e
altivez.
- Eles se consideram bons e justos.
-Eles olhavam com desdém os publicanos e pecadores
e se vangloriavam diante de Deus por suas virtudes (Lc 18:11).
- Mas, a única pessoa pela qual Jesus nada faz é
aquela que se julga tão boa que não necessita de que ninguém a ajude.
- Essa pessoa levanta uma barreira entre ela e
Jesus e assim fecha a porta do céu com suas próprias mãos.
-Warren Wiersbe diz que há três tipos de pacientes que Jesus não pode curar de suas doenças: 1) aqueles que não o conhecem; 2) aqueles que o conhecem, mas se recusam a confiar nele e 3) aqueles que não admitem que necessitam dele.
III. O EVANGELHO ABRE AS PORTAS PARA UMA VIDA DE JUBILOSA CELEBRAÇÃO – v. 18-20
-A religião judaica havia transformado a vida num fardo pesado e os ritos sagrados em instrumentos de tristeza e opressão.
-Warren Wiersbe diz que há três tipos de pacientes que Jesus não pode curar de suas doenças: 1) aqueles que não o conhecem; 2) aqueles que o conhecem, mas se recusam a confiar nele e 3) aqueles que não admitem que necessitam dele.
III. O EVANGELHO ABRE AS PORTAS PARA UMA VIDA DE JUBILOSA CELEBRAÇÃO – v. 18-20
-A religião judaica havia transformado a vida num fardo pesado e os ritos sagrados em instrumentos de tristeza e opressão.
-Os discípulos de João e os fariseus ficaram
escandalizados com o estilo de vida dos discípulos de Jesus.
-Os fariseus jejuavam para mostrar sua piedade, os
discípulos de João para mostrar sua tristeza pelo pecado.
-A palavra aramaica para “jejuar” tem o sentido de
“estar de luto”.
-Os judeus quando jejuavam e ficavam tristes tinham
a intenção de conseguir algo de Deus: “Por que jejuamos nós, e tu não atentas
para isso?” (Is 58:3).
-Os fariseus e discípulos de João perguntaram a Jesus num tom de provocação e censura:
-Por que motivo jejuam os discípulos de João e os dos fariseus, mas os teus discípulos não jejuam? Respondeu-lhes Jesus: Podem, porventura, jejuar os convidados para o casamento, enquanto o noivo está com eles? Durante o tempo em que estiver presente o noivo, não podem jejuar. Dias virão, contudo, em que lhes será tirado o noivo; e, nesse tempo, jejuarão. (2:18-20)
-Os fariseus e discípulos de João perguntaram a Jesus num tom de provocação e censura:
-Por que motivo jejuam os discípulos de João e os dos fariseus, mas os teus discípulos não jejuam? Respondeu-lhes Jesus: Podem, porventura, jejuar os convidados para o casamento, enquanto o noivo está com eles? Durante o tempo em que estiver presente o noivo, não podem jejuar. Dias virão, contudo, em que lhes será tirado o noivo; e, nesse tempo, jejuarão. (2:18-20)
Esse episódio nos ensina duas lições importantes:
1. A religião pode se transformar num fardo pesado em vez de ser um instrumento libertador – v. 18,19
-O jejum é uma prática bíblica legítima.
- Havia um único jejum anual exigido na lei, o dia
da expiação (Lv 16:29-34; Jr 36:6).
-Nesse dia o povo afligia a sua alma e sentia
profunda tristeza.
- Os escribas e fariseus, entretanto, acrescentaram
à lei de Deus a tradição dos homens e impuseram outras práticas de jejum.
- Um fariseu jejua duas vezes por semana (Lc
18:12).
- Eles jejuavam para serem vistos pelos homens e
atraírem a atenção de Deus.
- Eles faziam do jejum o palco de um teatro onde
apresentavam o show de uma piedade que devia encantar a Deus e impressionar os
homens.
-É bom destacar que Jesus não estava contra o jejum.
-É bom destacar que Jesus não estava contra o jejum.
-Ele mesmo jejuou quarenta dias e ratificou o jejum
voluntário (Mt 9:15).
-Moisés jejuou quarenta dias no Horebe. Patriarcas,
profetas, reis e sacerdotes jejuaram.
- Deus ordenou o jejum como um importante exercício
devocional.
-Jesus e os apóstolos jejuaram. A igreja de Deus ao
longo dos séculos tem jejuado.
-Mas Jesus denunciou um jejum dos hipócritas que
desfiguram o rosto com o fim de parecer aos homens que jejuam (Mt 6: 16).
- O jejum dos escribas e fariseus era um ritual
para a sua própria exibição e não a expressão do sentimento do coração.
2. A vida que Jesus oferece é como uma festa de efusiva alegria – v. 19
-A vida cristã é como uma festa de casamento e não como um funeral.
2. A vida que Jesus oferece é como uma festa de efusiva alegria – v. 19
-A vida cristã é como uma festa de casamento e não como um funeral.
-A festa de casamento é uma celebração de alegria e
não de tristeza. -A piedade farisaica era medida pela tristeza do jejum, a piedade
cristã manifesta-se na alegria da presença do noivo com a igreja.
-As bodas de casamento era a semana mais feliz da
vida de um homem.
-Para essa semana de felicidade, os convidados
especiais eram os amigos do noivo e da noiva, chamados de os filhos da câmara
nupcial.
-Os convidados às festas de bodas estavam
dispensados da obrigação de jejuar.
-Jesus compara os seus discípulos como os
convidados para esta festa das bodas.
-Jesus veio para nos trazer vida abundante (Jo
10:10).
-A vida cristã deve ser a fruição de uma alegria
inexplicável e cheia de glória.
-A vida cristã é como um casamento com Cristo.
Estamos comprometidos com ele.
-O casamento judaico tinha quatro estágios: 1) o
noivado; 2) a preparação; 3) a chegada do noivo; 4) as bodas.
Quando alguém era convidado para uma festa de casamento era motivo de uma alegria desmedida que ofuscava tudo o mais. -Professores da lei interrompiam seu estudo da Torá, inimigos se reconciliavam, mendigos e quem mais aparecesse podia comer de graça.
Quando alguém era convidado para uma festa de casamento era motivo de uma alegria desmedida que ofuscava tudo o mais. -Professores da lei interrompiam seu estudo da Torá, inimigos se reconciliavam, mendigos e quem mais aparecesse podia comer de graça.
-Rufavam tambores, nozes eram jogadas aos convivas,
a procissão dançava diante da noiva e louvava sua beleza.
-A igreja não é apenas o grupo dos amigos do noivo, a igreja é a própria noiva (Is 54:5; Jr 31:32; Ap 19:7,8).
-A igreja não é apenas o grupo dos amigos do noivo, a igreja é a própria noiva (Is 54:5; Jr 31:32; Ap 19:7,8).
-Hoje celebramos a alegria da salvação, mas um dia
entraremos na Casa do Pai, na glória celeste, e então, essa festa onde não vai
entrar choro nunca vai acabar.
- Estaremos para sempre com ele.
-Essa nova ordem trazida por Jesus deixa para trás o legalismo fariseu e inaugura um novo tempo de liberdade e vida plena.
-Essa nova ordem trazida por Jesus deixa para trás o legalismo fariseu e inaugura um novo tempo de liberdade e vida plena.
- A vida que Jesus oferece está trazendo alegria
para o triste, cura para o enfermo, libertação para o endemoninhado,
purificação para o leproso, pão para o faminto e salvação para o perdido.
IV. O EVANGELHO ABRE AS PORTAS PARA UMA VIDA RADICALMENTE NOVA – v. 21-22
-Jesus usou três figuras em sua conversa com os fariseus.
IV. O EVANGELHO ABRE AS PORTAS PARA UMA VIDA RADICALMENTE NOVA – v. 21-22
-Jesus usou três figuras em sua conversa com os fariseus.
-A primeira figura já tratamos: a figura do doente e do médico.
Agora,
vamos examinar as outras duas:
-A figura do remendo novo em tecido velho e do vinho novo em odres
velhos.
- Quais são as lições que essas figuras nos
ensinam?
1. A vida cristã não é um remendo ou reforma do que está velho, mas algo totalmente novo – v. 21
-Um remendo novo num pano velho abre uma fissura ainda maior.
1. A vida cristã não é um remendo ou reforma do que está velho, mas algo totalmente novo – v. 21
-Um remendo novo num pano velho abre uma fissura ainda maior.
-O cristianismo não é uma reforma do judaísmo nem
um remendo das práticas judaicas.
-A vida cristã não é apenas um verniz, uma caiação
de uma estrutura rota, mas uma nova vida, algo radicalmente novo.
- Na época de Lutero não era possível remendar os
abusos doutrinários da igreja romana. Era necessário iniciar uma volta ao
cristianismo primitivo.
- Na época de John Wesley o tempo de pôr remendo à
Igreja Angligana havia passado.
-O vestido velho é o velho sistema da lei e os velhos costumes do povo judeu.
-O vestido velho é o velho sistema da lei e os velhos costumes do povo judeu.
- A salvação que Cristo oferece são as vestes alvas
e a justiça de Cristo são o linho finíssimo.
-Em Cristo todas as coisas são feitas novas (2 Co
5:17).
-A vida cristã não é uma mistura do velho com o
novo. É algo completamente novo.
-O evangelho transforma e liberta. O evangelho é a
palavra de vida;
-O judaísmo com seus preceitos legalístas é letra
morta.
- O evangelho liberta, o legalismo mata; o
evangelho salva, o legalismo faz perecer.
2. A vida cristã não pode ser acondicionada numa estrutura velha e arcaica – v. 22
-Na Palestina o vinho era guardado em odres de couro.
2. A vida cristã não pode ser acondicionada numa estrutura velha e arcaica – v. 22
-Na Palestina o vinho era guardado em odres de couro.
-Quando esses odres eram novos possuíam uma certa
elasticidade, mas à medida que iam envelhecendo ficavam endurecidos e perdiam a
elasticidade.
-O vinho novo ainda está em processo de
fermentação. Isso significa que os gases liberados aumentam a pressão. Se o
coro é novo, cederá à pressão, mas se é velho e sem elasticidade, é possível
que se rompa e se perca tanto o vinho como o odre.
-O vinho do cristianismo não pode ser acondicionado
nos odres velhos do judaísmo.
-O cristianismo requer novos métodos e novas estruturas.
-O cristianismo requer novos métodos e novas estruturas.
- Não podemos ter o coração duro como os odres
ressecados pelo tempo.
-Precisamos manter nosso coração aberto à mensagem
transformadora do evangelho.
V. O EVANGELHO ABRE AS PORTAS DA LIBERDADE PARA OS PRISIONEIROS DO LEGALISMO – v. 23-28
-O sábado judaico tinha se transformado num carrasco do homem.
V. O EVANGELHO ABRE AS PORTAS DA LIBERDADE PARA OS PRISIONEIROS DO LEGALISMO – v. 23-28
-O sábado judaico tinha se transformado num carrasco do homem.
-Ele era um fardo insuportável em vez de um
elemento terapêutico.
-Ele era um fim em si mesmo em vez de ser um
instrumento de bênção para o homem.
-Por essa causa, os fariseus ao verem os discípulos
de Jesus colhendo e comendo espigadas nas searas em dia de sábado,
debulhando-as com as mãos (2:23; Lc 6:1), advertiram a Jesus nesses termos:
“Vê! Por que fazem o que não é lícito aos sábados?”
Esse incidente oportunizou Jesus de ensinar várias lições importantes:
1. Os discípulos não estavam fazendo algo proibido – v. 23,24
-A prática de colher espigas nas searas para comer estava rigorosamente de conformidade com a lei de Moisés (Dt 23:24-25).
Esse incidente oportunizou Jesus de ensinar várias lições importantes:
1. Os discípulos não estavam fazendo algo proibido – v. 23,24
-A prática de colher espigas nas searas para comer estava rigorosamente de conformidade com a lei de Moisés (Dt 23:24-25).
-Mas os escribas e fariseus estavam escondendo a
verdadeira lei de Deus debaixo da montanha de tradições tolas que eles tinham
fabricado.
-Eles tinham acrescentado à lei trinta e nove
regras sobre a maneira de guardar do sábado, tornando a sua observância num
fator escravizante e opressor.
-Segundo as estritas normas dos fariseus os
discípulos haviam quebrado a lei do sábado e isso era um pecado mortal.
2. O conhecimento da Palavra é o meio de nos livrarmos do legalismo – v. 25,26
-Jesus cita a Escritura para os fariseus e mostra como Davi quebrou a lei cerimonial comendo com seus homens os pães da proposição só permitidos aos sacerdotes (1 Sm 21:1-6).
2. O conhecimento da Palavra é o meio de nos livrarmos do legalismo – v. 25,26
-Jesus cita a Escritura para os fariseus e mostra como Davi quebrou a lei cerimonial comendo com seus homens os pães da proposição só permitidos aos sacerdotes (1 Sm 21:1-6).
-Só os sacerdotes podiam comer esse pão da
proposição (Lv 24:9), mas a necessidade humana prevaleceu sobre a lei
cerimonial.
- Warren Wiersbe, analisando esse episódio na
perspectiva de Mateus afirma que Jesus usou três argumentos para defender os
seus discípulos:
-O que Davi fez (Mt 12:3-4), o que os sacerdotes
fizeram (Mt 12:5-6) e o que o profeta Oséias diz (Mt 12:7-9).
-William Hendriksen diz que se Davi tinha o direito de ignorar as previsões cerimoniais, divinamente ordenadas, quando a necessidade exigia, não teria Jesus, o Filho de Deus, num sentido muito mais evidente, o direito, sob as mesmas condições de necessidade, de deixar de lado os regulamentos sabáticos não autorizados, feitos pelo homem?
-O pão da proposição nunca foi tão sagrado como quando foi utilizado para alimentar um grupo de homens famintos.
-William Hendriksen diz que se Davi tinha o direito de ignorar as previsões cerimoniais, divinamente ordenadas, quando a necessidade exigia, não teria Jesus, o Filho de Deus, num sentido muito mais evidente, o direito, sob as mesmas condições de necessidade, de deixar de lado os regulamentos sabáticos não autorizados, feitos pelo homem?
-O pão da proposição nunca foi tão sagrado como quando foi utilizado para alimentar um grupo de homens famintos.
-O sacerdote entendeu que a necessidade dos homens
é mais importante do que os regulamentos cerimoniais.
-O dia do descanso nunca é tão sagrado como quando
é usado para prestar ajuda aos necessitados.
-O árbitro final como respeito ao ritos sagrados
não é o legalismo, mas o amor.
3. O homem vale mais do que os ritos sagrados – v. 27
-John Charles Ryle diz que Deus fez o sábado para Adão no paraíso e o renovou para Israel no Monte Sinai.
3. O homem vale mais do que os ritos sagrados – v. 27
-John Charles Ryle diz que Deus fez o sábado para Adão no paraíso e o renovou para Israel no Monte Sinai.
-Ele foi feito para toda a humanidade e não apenas
para o povo judeu. Ele foi feito para o benefício e felicidade do homem.
-O sábado foi feito para o bem físico, mental e
espiritual do homem.
-Ele foi dado como uma bênção e não como um fardo.
Esse foi o propósito com que o sábado foi criado por Deus.
-Deus não criou o homem por causa do sábado, mas o sábado por causa do homem. O homem não foi criado por Deus para ser vítima e escravo do sábado, mas o sábado foi criado para que a vida do homem fosse mais plena e feliz.
-Deus não criou o homem por causa do sábado, mas o sábado por causa do homem. O homem não foi criado por Deus para ser vítima e escravo do sábado, mas o sábado foi criado para que a vida do homem fosse mais plena e feliz.
-Na verdade o sábado foi instituído para ser uma
bênção para o homem: para mantê-lo saudável, útil, alegre e santo, dando-lhe
condições de meditar calmamente nas obras do seu criador, podendo deleitar-se
em Deus (Is 58:13,14) e olhar adiante, com grande expectativa, para o “repouso
que resta para o povo de Deus” (Hb 4:9).
-Jesus está dizendo com isso que a religião cristã não consiste de regras. As pessoas são mais importantes do que o sistema.
-Jesus está dizendo com isso que a religião cristã não consiste de regras. As pessoas são mais importantes do que o sistema.
-A melhor maneira de adorar a Deus é ajudando as
pessoas.
-A melhor maneira de fazer uso das coisas sagradas
é pondo-as a serviço dos que padecem necessidade. Esse é o único modo autêntico
de dá-las a Deus.
4. O Senhorio de Cristo traz liberdade e não escravidão – v. 28
-Jesus é o Senhor do sábado.
4. O Senhorio de Cristo traz liberdade e não escravidão – v. 28
-Jesus é o Senhor do sábado.
-Seu senhorio não é escravizante nem opressor.
-O legalismo é um caldo mortífero que envenena,
asfixia e mata as pessoas. Ele é vexatório e massacrante.
-Chegou ao ponto de transformar o que Deus criou
para aliviar o homem, o sábado, num tirano cruel.
-Jesus veio para estabelecer sobre nós seu senhorio
de amor.
-Agostinho disse que quanto mais servos de Cristo
somos, mais livres nos sentimos. Ele é maior do que o templo (Mt 12:6), maior
do que Jonas (12:41), maior do que Salomão (12:42) e maior do que o sábado
(2:28).
Deus vos abençoe,
Pr. Paulo Tomé
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Que Jesus vos ilumine e o Espírito Santo de Deus lhe dê sabedoria!