segunda-feira, 27 de julho de 2015

[Tema] - Prosseguir Sem Desistir Até Alcançar o alvo Proposto



Mais um ano que se desvanece, dissipa-se, extingue-se, desaparece, apaga-se, dissolve-se e com ele vai todo tipo de emoção vivido: alegrias, tristezas, dores, doenças, perdas, conquistas, reparações, traições, angús-tias, dissabores, méritos, deméritos, paixões, amores e uma lista sem fim que poderíamos nomear aqui.
Cada final de ano serve para uma reavaliação, um exame, um inventário de tudo quanto fizemos ou deixamos de fazer; coisas para tirar das nossas vidas, coisas para recolocar, fatos passados que desejamos esquecer, fatos novos que necessitamos realizar...
Mas há algumas coisas novas nessa nossa reflexão sobre a vida que não podemos deixar passar despercebidas. São três olhares que devemos ter neste exato momento do nosso existir:

a – Um olhar para trás – fazendo uma retrospectiva da nossa vida, uma contagem dos nossos dias.

b – Um olhar para dentro – uma introspecção a fim de vasculhar e limpar a alma diante de Deus, uma faxina com dimensões espirituais.

c – Um olhar para frente – nossa prospecção, visão projetada, estendida, arrojada, uma visão maior que nos prepare para o futuro. 

Após esse mergulho retrospectivo, introspectivo e prospectivo, eu devo parar a fim de entender o que o apóstolo Paulo está falando aos filipenses para uma tomada de posição com respeito ao futuro que se avizinha diante de nós.
Diante do que o apóstolo dos gentios me faz enxergar nas entrelinhas do texto que ele escreveu, inspirado por Deus, posso dizer que há um alvo a ser perseguido por mim e esse alvo não pode ser eu mesmo. Para tanto,

TRÊS COISAS PRECISO “ESQUECER” PARA
CORRER A CORRIDA DA MINHA EXISTÊNCIA
1) Devo “esquecer” a mim mesmo pelo alvo que tenho à minha frente. Paulo está dizendo que para avançar nos propósitos de Deus eu não posso lembrar de mim. A maioria das pessoas se dedica a Deus parcialmente, por conta dos seus outros motivos, como sobrevi- vência, ambição, emulação, senso de segurança. Paulo está nos concla- mando a trocar tudo isso por um “Alvo Elevadíssimo” de vida: “...alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus” (Fp 3:12). Para chegar a essa salvação completa não devemos poupar esforços, até mesmo esquecendo as coisas boas que a vida pode nos proporcionar.
 2) Esquecer o que eu não quero esquecer. Como esquecer o que eu não quero (e às vezes não consigo) esquecer? Há coisas que são esquecíveis; outras há, no entanto, que são inesquecíveis. Paulo está motivado a envolver-se total e completamente com a obra de Deus (sua vocação) e fará de tudo para chegar ao “prêmio” da sua vocação – a salvação completa.
 3) Esquecer o que eu preciso deixar no passado. Paulo deixou muita coisa do seu passado para trás que lhe trazia mágoa, angústia, desilusão. Por exemplo, ter participado da morte de Estêvão; as igrejas que ele abria e que eram invadidas por judaizantes que desfaziam tudo que ele ensinava; igrejas que não prosperaram por problemas conjunturais; traições promovidas por oficiais da sua confiança; rejeição de algumas igrejas que não respeitavam o seu apostolado. Eu não posso nunca esquecer quem sou eu e os meus propósitos diante de Deus para não me tornar apenas alguém magoado, amargurado e desiludido.
 Esses três esquecimentos me colocam no asfalto da existência diante de três decisões:

TRÊS DECISÕES DEVO TOMAR
PARA CHEGAR AO ALVO

1) Prosseguir como um alvo-meta da vida (nunca desistir). Paulo fala sobre duas coisas importantes que o fazem prosseguir:
 a). Ele diz que ainda não alcançou o alvo (a ressurreição dos mortos). Quem acha que já chegou onde deveria chegar, não consegue mais nada na vida cristã. A razão é simples: só nos movimentamos por motivação. Paulo tinha a motivação de querer chegar a experiência de uma salvação completa.

b). Ele não é perfeito (Fp 3:12). Paulo não se sentia “comple- to”. Havia algumas coisas na vida do apóstolo que precisavam de com- pletude. Ele queria plenitude na sua vocação.

2) Prosseguir (no grego, é esticar-se, inclinar o corpo para frente, como numa corrida e chegada finalcomo se tudo na vida dependesse disso. Este é o modo de Deus nos fazer descobrir novos horizontes na sua obra: fazendo-nos prosseguir. Ele disse para Daniel: “Tu, porém, vai até o fim”. Disse também para Elias, quando este sentiu terminada a sua tarefa como profeta: “E o anjo do SENHOR tornou segunda vez, e o tocou, e disse: Levanta-te e come, porque te será muito longo o caminho” (1 Rs 19:7). Reanimou o próprio apóstolo Paulo quando este foi resistido, blasfemado pelos judeus e por isso queria sair da cidade de Corinto: “E disse o Senhor em visão a Paulo: Não temas, mas fala, e não te cales; porque eu sou contigo, e ninguém lançará mão de ti para te fazer mal, pois tenho muito povo nesta cidade. E ficou ali um ano e seis meses, ensinando entre eles a palavra de Deus” (At 18:9-11). Isto porque a ordem de Deus é sempre de prosseguirmos, avançarmos; nada pode nos parar a não ser nós mesmos ou Deus.
 3) Prosseguir como o “ir avante” da existência. A maturidade cristã nos ensina que a “vida não é uma corrida de velocidade, e sim de resistência.” Prosseguir é a palavra de ordem para não nos embaraçarmos. Assim dizia o grande Nietzsche:
 Depois que cansei de procurar aprendi a encontrar.
Depois que um vento me opôs resistência,
velejo com todos os ventos.

PERORAÇÃO:

Do exposto, só me resta contar-lhes a história de um camundongo medroso, pois retrata a vida de alguns de nós:
 Diz uma antiga fábula que um camundongo vivia angustiado com medo do gato. Um mágico teve pena dele e o transformou em gato.
Mas aí ele ficou com medo do cão, por isso o mágico o transformou em cão.
Então, ele começou a temer a pantera e o mágico o transformou em pantera.
Foi quando ele se encheu de medo do caçador. A essas alturas, o mágico desistiu. Transformou-o em camundongo novamente e disse:
Nada que eu faça por você vai ajudá-lo, porque você tem a coragem de um camundongo
Deus vos abençoe,
Pr. Paulo Tomé

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